RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVO:
Avaliar a capacidade de residentes em anestesiologia em comparação com enfermeiros assistentes de enfermagem para identificar a cartilagem cricoide, aplicar a pressão cricoide adequada e produzir uma vista adequada da entrada da laringe.
MÉTODOS:
Foram convidados 85 participantes, 42 residentes em anestesiologia e 43 enfermeiros assistentes de enfermagem a responder questionários sobre a quantidade correta de força a ser aplicada na cartilagem cricoide. Os participantes deviam identificar a cartilagem cricoide e aplicar a pressão cricoide em modelos de vias aéreas superiores colocados sobre uma balança de pesagem e a pressão era registada. Posteriormente, aplicaram pressão cricoide em pacientes anestesiados reais após a indução de sequência rápida. Os detalhes sobre a aplicação de pressão cricoide e a classificação de Cormack-Lehane da visibilidade da laringe foram registrados.
RESULTADOS:
Os residentes em anestesiologia foram significativamente melhores do que os enfermeiros assistentes de enfermagem na identificação da cartilagem cricoide (95,2% vs. 55,8%, p = 0,001). No entanto, o conhecimento de ambos os grupos era precário sobre a quantidade de força necessária para aplicar a pressão cricoide (11,9% vs. 9,3%, respectivamente) e a correta aplicação da pressão cricoide (16,7% vs. 20,9%, respectivamente). A técnica de três dedos foi aplicada por 85,7% dos residentes em anestesiologia e 65,1% dos enfermeiros assistentes de enfermagem (p = 0,03). Não houve diferença significativa entre os dois grupos em relação à classificação de Cormack-Lehane para a visão.
CONCLUSÃO:
Os residentes em anestesiologia foram melhores do que os enfermeiros assistentes de enfermagem para identificar a cartilagem cricoide, mas ambos os grupos apresentaram um conhecimento igualmente precário sobre a aplicação de pressão cricoide.
Palavras-chave:
Pressão cricoide; Residentes em anestesiologia; Assistentes de anestesia