JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
As células gliais satélite de gânglios sensitivos são um objeto recente de pesquisa na área da dor e um possível alvo terapêutico no futuro. Assim, este trabalho tem como objetivo resumir algumas das características morfológicas e fisiológicas mais importantes destas células e reunir as evidências científicas mais relevantes acerca do seu possível papel no desenvolvimento da dor crônica.
CONTEÚDO:
Nos gânglios sensitivos cada corpo neuronial é envolvido por células gliais satélite, formando unidades funcionais distintas. Esta íntima relação possibilita a comunicação bidirecional, através de uma sinalização parácrina, entre estes dois tipos de células. Existe um número crescente de evidências de que as células gliais satélite sofrem alterações estruturais e bioquímicas, após lesão nervosa, que influenciam a excitabilidade neuronial e consequentemente o desenvolvimento e/ou manutenção da dor, em diferentes modelos animais de dor crônica.
CONCLUSÕES:
As células gliais satélite são importantes no estabelecimento da dor não fisiológica e constituem um alvo potencial para o desenvolvimento de novos tratamentos da dor.
Células gliais satélite; Gânglio sensitivo; Dor; Comunicação intraganglionar; Receptores purinérgicos