Resumo
Objetivo do estudo:
O objetivo deste estudo foi avaliar se a inclinação lateral da mesa cirúrgica e a rotação do corpo de uma parturiente sentada para anestesia neuraxial aumentou o tamanho da área-alvo paramediana para a inserção da agulha neuraxial.
Ambiente:
Sala de parto.
Pacientes:
Trinta grávidas a termo, ASA I-II, agendadas para cesárea eletiva.
Intervenções:
Ultrassonografia lombar foi feita em quatro posições sentadas: (F) flexão lombar; (FR) como na posição F com rotação do ombro direito; (FT) como na posição F com inclinação lateral da mesa cirúrgica; (FTR) como na posição F com inclinação lateral da mesa cirúrgica combinada com a rotação do ombro direito.
Mensurações:
Para cada posição, o tamanho da “área-alvo”, definido como o comprimento visível do ligamento longitudinal posterior, foi medido no interespaço de L3-L4.
Principais resultados:
As médias do ligamento longitudinal posterior foram: 18,4 ± 4 mm na posição F; 18,9 ± 5,5 mm na posição FR; 19 ± 5,3 mm na posição FT e 18 ± 5,2 mm na posição FTR. O comprimento médio do ligamento longitudinal posterior não foi significativamente diferente nas quatro posições.
Conclusões:
Esses dados mostram que as posições avaliadas não aumentaram a área-alvo, conforme definido pelo comprimento do ligamento longitudinal posterior com o objetivo de inserção da agulha neuraxial em pacientes obstétricas. As manobras avaliadas terão um uso limitado na melhoria do acesso à agulha espinhal em mulheres grávidas.
PALAVRAS-CHAVE
Ultrassonografia lombar; Anestesia para parto cesáreo; Anestesia neuraxial; Ligamento longitudinal paravertebral