Resumo
Justificativa:
A capacidade de um paciente mover os dedos durante a cirurgia da mão pode ser útil para o cirurgião porque permite a avaliação da eficácia da intervenção e a predição da função da mão no pós-operatório. O objetivo desta série de casos é demonstrar a eficácia de uma técnica de bloqueio de nervo periférico guiado por ultrassom na manutenção da função motora dos músculos flexores e extensores da mão e discutir os benefícios da técnica para cirurgias de liberação de dedo em gatilho.
Relato de caso:
Foram selecionados 10 pacientes em programação para cirurgia de liberação de dedo em gatilho. O objetivo era manter a flexão e a extensão dos dedos durante o procedimento. Dessa forma, o bloqueio dos nervos ulnar, radial e mediano, guiados por ultrassom, foi feito no terço distal do antebraço, 5 a 7 cm proximais ao punho. O bloqueio foi feito com 5 mL de bupivacaína a 0,375% em cada nervo. Todos os procedimentos foram feitos sem complicações e com manutenção da flexão e extensão dos dedos. Em dois casos, observou-se que a manutenção da motricidade e a capacidade dos pacientes de mover os dedos quando solicitado permitiu o sucesso do procedimento cirúrgico após a terceira avaliação intraoperatória.
Conclusão:
Esta série de casos mostra que é possível manter a função motora dos músculos flexores e extensores da mão em cirurgias de liberação de dedo em gatilho por meio de bloqueios distais específicos guiados por ultrassom.
PALAVRAS-CHAVE
Bloqueios seletivos; Ultrassom; Flexão e extensão dos dedos; Liberação dedo em gatilho