Resumo
Justificativa e objetivos:
A recordação da emergência da anestesia é reconhecida como um dos tipos de memória da anestesia. Excluindo a extubação planejada com o paciente acordado, acredita-se que a memória não intencional durante a extubação traqueal seja o resultado de manejo inadequado da anestesia; portanto, a incidência pode estar relacionada com a experiência dos anestesistas. Para avaliar se a incidência de memória durante a extubação traqueal está relacionada com a experiência dos anestesistas, comparamos a incidência de memória durante a extubação traqueal entre pacientes tratados por residentes de anestesia ou por anestesistas experientes.
Métodos:
Estudo retrospectivo de revisão de um registo institucional com 21.606 casos de anestesia geral, conduzido com a aprovação do Comitê de Ética. Todas as extubações traqueais foram feitas por residentes sob a supervisão de anestesistas. Para evitar o viés de canalização, a análise do índice de propensão foi usada para gerar um grupo de casos pareados (manejo por residentes) e de controles (manejo por anestesistas), obtiveram-se 3.475 pares combinados de pacientes. A incidência de memória durante a extubação traqueal foi comparada com os desfechos primários.
Resultados:
Na população não pareada, não houve diferença na incidência de memória durante a extubação traqueal entre o manejo feito por residentes e anestesistas (6,5% vs. 7,1%, p = 0,275). Mesmo após parear os escores de propensão, não observamos diferença na incidência de memória durante a extubação traqueal (7,1% vs. 7,0%, p = 0,853).
Conclusão:
Em conclusão, quando supervisionadas por um anestesista, as extubações feitas por residentes não são mais propensas a resultar em memória do que as extubações feitas por anestesistas.
PALAVRAS-CHAVE
Consciência; Extubação; Centros Médicos Acadêmicos