JUSTIFICATIVA:
a osteoartrose facetária é causa frequente de dor lombar. O diagnóstico é clínico e pode ser confirmado por imagem. O tratamento da dor e a confirmação do diagnóstico são feitos pela injeção intra-articular de corticosteroide e anestésico local, por causa da melhoria clínica. A monitoração direta do procedimento pode ser feita por fluoroscopia, técnica clássica, ou guiada por ultrassom.
RELATO DE CASO:
paciente do sexo feminino, 88 anos, 1,68 m e 72 kg, com osteoartrose facetária em L2-L3, L3-L4 e L4-L5 havia dois anos. No exame físico, dor à lateralização e à extensão da coluna. Optou-se pelo bloqueio da articulação facetária guiado por ultrassom. Foi feito escaneamento longitudinal na linha média da coluna vertebral e identificado o espaço articular desejado em L3-L4. Uma agulha 25G foi introduzida na pele pela técnica fora de plano ecográfico. Foi administrado 1 mL de contraste, confirmado com fluoroscopia. Após aspiração do contraste, foi injetado 1 mL de solução contendo cloridrato de bupivacaína 0,25% e 10 mg de acetato de metilprednisolona. Foram feitas injeções nos espaços L3-L4, L2-L3 e L1-L2 à direita.
CONCLUSÕES:
a visualização da articulação facetária pelo ultrassom determina mínimo risco e redução da radiação e é indicada para grande parte da população. Ainda assim a fluoroscopia e a tomografia computadorizada permanecem como monitoração indicada para pacientes com características específicas, como obesidade, doenças degenerativas intensas e malformações anatômicas, nas quais o ultrassom ainda necessita de mais estudos.
Bloqueio facetário; Lombalgia; Ultrassom