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Acidente vascular cerebral no perioperatório após ressecção transuretral de próstata: alto índice de suspeita e estabilização de parâmetros fisiológicos podem salvar vidas

Resumo

Relatamos o caso de um paciente hipertenso, 72 anos, que desenvolveu hipertensão grave seguida de deterioração neurológica no pós-operatório imediato após ressecção transuretral de próstata. Embora os testes laboratoriais e a gasometria tenham excluído a síndrome de ressecção transuretral de próstata ou qualquer outra causa metabólica, a diminuição da pressão sanguínea não conseguiu melhorar os sintomas. Uma tomografia computadorizada craniana, realizada 4 horas após o aparecimento de sintomas neurológicos, revelou infartos gangliocapsular bilateral e talâmico à direita. AAS oral foi aconselhado para prevenir um acidente vascular cerebral recorrente precoce. O tratamento de apoio e a ventilação mecânica garantiram a estabilidade fisiológica e o paciente obteve recuperação completa durante os próximos dias, sem qualquer déficit neurológico residual.

PALAVRAS-CHAVE
Ressecção transuretral de próstata; Perioperatório; Acidente vascular cerebral; Hipertensão; Manifestações neurológicas; Inconsciência

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