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Fungal succession on leaves of Alchornea triplinervia (Spreng.) Muell. Arg. submerged in a stream of an Atlantic Rainforest in the state of São Paulo, Brazil

Folhas de Alchornea triplinervia (Spreng.) Muell. Arg. foram submersas em um riacho na Mata Atlântica no estado de São Paulo, Brasil, de julho de 1988 a junho de 1989 e de julho de 1989 a maio de 1990. Os fungos foram isolados pela técnica de lavagem de discos de folhas seguida por plaqueamento em meio de cultura, bem como pela técnica de iscagem (utilizando substratos com quitina, queratina e celulose), resultando em 565 registros de ocorrências de fungos, distribuídos em 81 táxons. Os fungos mais comuns durante a sucessão foram Trichoderma viride Pers. ex S.F. Gray e Fusarium oxysporum Schlecht emend. Snyd. & Hans. (23 registros), Penicillium hirsutum Dierckx (21 registros), Fusarium solani (Mart.) Appel & Wollenw. emend. Snyd. & Hans. (17), seguidos por 14 registros de Cylindrocladium scoparium Morgan, Triscelophorus monosporus Ingold e Polychytrium aggregatum Ajello. Embora a micota obtida mensalmente tenha sido composta por espécies de diferentes grupos taxonômicos, a sucessão fúngica foi definida pela presença inicial de fungos habitantes de folhas, tipicamente terrestres (na maioria Deuteromycotina), seguida por espécies de Mastigomycotina e Zygomycotina. Combinando métodos de cultivo e técnicas de iscagem, foi possível verificar a presença de fungos terrestres na decomposição de folhas submersas e a importância dos fungos zoospóricos na sucessão fúngica. Este é o primeiro trabalho sobre sucessão fúngica durante a decomposição de folhas submersas em ambiente lótico no Brasil.


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