Os autores apresentam análise retrospectiva de 44 pacientes com Polipose Múltipla Familiar tratados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto,Universidade de São Paulo, entre janeiro de 1991 a julho de 2005. Foram estudados aspectos epidemiológicos (idade, sexo), genéticos, principais sintomas, antecedentes pessoais e aspectos envolvendo tratamento cirúrgico e complicações pós-operatórias, comparando os achados com os da literatura correlata. Dos pacientes, 31 são do sexo masculino e 13 do feminino com idade média de 32 anos (14 - 60 anos). Os sintomas prevalentes foram: sangramento intestinal (62,5 %), alteração do hábito intestinal (60%), e com menor freqüência dor abdominal (45 %) e emagrecimento (30%). Relataram casos de polipose familiar 67,5% dos pacientes e 62,5% referiram parentes com antecedente de neoplasias (intestinal e extra-intestinal). Cerca de 32,5% dos pacientes já apresentavam neoplasia de cólon na época do diagnóstico da polipose,com idade média de 39 anos. O tratamento cirúrgico foi realizado em 95,4% dos pacientes: 35,7% foram submetidos à proctocolectomia total(9 casos com bolsa ileal em J e 6 casos com ileostomia definitiva) e 59,2% a colectomia total com ileorretoanastomose. Atualmente 57% dos pacientes avaliados ainda estão em seguimento com reavaliações periódicas, 7% faleceram e 27% abandonaram o tratamento.
polipose familiar; câncer colorretal; colectomia; genética