Este trabalho foi desenvolvido para avaliar, comparativamente, os caldos de enriquecimento Rapapport-novobiocina (RVN), selenito-cistinanovobiocina (SCN) e tetrationato-novobiocina (TN) e os meios para plaqueamento ágar Hektoen (HE), ágar MacConkey (MC), ágar Salmonella-Shigella (SS), ágar verde brilhante (VB) e ágar xilose lisina desoxicolato (XLD), utilizados no isolamento de Salmonella em carcaças de frango e fezes de aves. O procedimento bacteriológico consistiu das etapas de pré-enriquecimento, enriquecimento em caldos seletivos, plaqueamento, testes bioquímicos presuntivos e confirmação sorológica com soros polivalentes anti antígenos somáticos e flagelares de Salmonella.. As fezes foram experimentalmente contaminadas com 8 sorotipos de Salmonella (Agona, Anatum, Enteritidis, Havana, Infantis, Owakam, Schwazengrund e Typhimurium) e a concentração final foi aproximadamente de 1,2 x 10² ufc/g. As fezes foram inoculadas nos caldos enriquecedores e a partir daí, seguiu-se o mesmo procedimento utilizado para as carcaças. Os resultados referentes às carcaças de frango não foram estatisticamente diferentes (p>0,01) para os caldos e as placas. Todavia, verificou-se superioridade numérica em relação aos caldos SCN e TN sobre o caldo RVN, e em relação ao ágar XLD sobre os demais. Verificou-se também que com o emprego de dois caldos de enriquecimento e de dois meios para plaqueamento pode-se obter maior positividade. Quanto ao exame das fezes, o caldo TN mostrou-se superior aos demais (p>0,01), não havendo diferença (p>0,01) de resultados para os meios de plaqueamento. Os resultados sugerem que a utilização de mais de um meio de enriquecimento e de plaqueamento poderia aumentar as chances de isolamento de Salmonella.
Salmonella; enriquecimento; plaqueamento; isolamento; carcaça de aves; fezes