Objetivo:
Uma análise sistemática foi feita considerando epidemiologia, quadro clínico, diagnóstico, tratamento e principais resultados da endocardite micobacteriana.
Métodos:
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica abrangente no MEDLINE, Highwire Press e no Google para publicações sobre endocardite micobacteriana, publicados entre 2000 e 2013.
Resultados:
As micobactérias de crescimento rápido tornam-se os patógenos predominantes, com Mycobacterium chelonae sendo a mais comum. Essa condição se alterou significativamente em termos de epidemiologia, desde o início do século 21, abrangendo faixa etária mais ampla, maior latência, prevalecendo infecções da valva mitral e melhor prognóstico.
Conclusão:
Endocardite micobacteriana é rara e os patógenos causadores são predominantemente as micobactérias de crescimento rápido. Amicacina, ciprofloxacina e claritromicina são os agentes antimicrobianos mais frequentemente utilizados, mas muitas vezes apresentam respostas pobres. Pacientes com infecções profundas podem justificar um procedimento cirúrgico ou retirada de linha. Com a poliquimioterapia periódica guiada por testes de sensibilidade às drogas, e abordagens cirúrgicas, os pacientes podem obter bons resultados terapêuticos.
Valvas Cardíacas; Endocardite; Mycobacterium