A deiscência após a esternotomia transesternal mediana utilizada em cirurgia cardíaca é uma de suas complicações e provoca o aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes. Várias técnicas cirúrgicas têm sido descritas para o seu tratamento, o que contribuiu para aumentar a importância da classificação destas deiscências. Os métodos de classificação inicialmente descritos se baseavam na infecção do sítio cirúrgico, entretanto, é cada vez mais clara a relevância da descrição exata da localização e a extensão da área cruenta resultante como parâmetros para definição da técnica cirúrgica a ser escolhida. Neste relato é sugerida uma nova classificação baseada somente nas alterações anatômicas das feridas que as classifica em quatro tipos, de acordo com a profundidade, e em dois subgrupos, de acordo com a sua extensão vertical, tendo como referência a inserção da margem inferior do músculo peitoral maior.
Toracotomia; Complicações pós-operatórias; Infecção da ferida operatória; Esterno