As anastomoses safena ou mamária-coronária, sendo suturas realizadas em vasos de fino calibre, necessitam de condições ideais para sua realização. Mesmo em circulação extracorpórea e pinçamento aórtico, pode persistir sangramento pela arteriotomia coronária, obrigando o cirurgião a realizar algumas manobras, entre elas os garroteamentos proximal e distai, para conseguir um campo exangue. Mais recentemente, face à possibilidade de se executar a revascularização miocárdica sem circulação extracorpórea, tornou-se fundamental dispor-se de um método que possibilite a oclusão temporária da artéria coronária para a realização das anastomoses. Com esta preocupação, foi realizado um estudo experimental, procurando avaliar seis métodos de hemostasia temporária, aplicados em artérias com graus variáveis de aterosclerose. O modelo experimental utilizado foi a artéria coronária direita, em cadáver. O estudo histológico, aplicando as colorações de hematoxilina-ecosina, Weigert e hematoxilina fosfotúngstica, permitiu a determinação objetiva da intensidade da aterosclerose na artéria coronária e os padrões e graus de lesões causados à parede arterial pelos métodos utilizados para sua oclusão temporária. Nessa amostra, os resultados sugerem uma tendência de relacionamento direto entre a gravidade da lesão arterial induzida pelo garroteamento e a severidade da aterosclerose coronária, independente do tipo de dispositivo utilizado para a interrupção do fluxo coronário.
garroteamento coronário; lesão vascular; aterosclerose coronária; miocárdio, revascularização