Objetivo:
A origem anômala da artéria coronária é incomum. As taxonomias de origem anômala da artéria coronária são inconsistentes e complexas. Os debates conceituais e terapêuticos permanecem. O objetivo do presente estudo é reavaliar o conceito de origem anômala da artéria coronária e discutir os riscos potenciais e fundamentos para o tratamento desta anomalia, com base em revisão de literatura.
Métodos:
A revisão da literatura foi feita com termos das taxonomias, incluindo origem anômala da artéria coronária “simples”, “múltipla” e “complexa”.
Resultados:
A origem anômala da artéria coronária pode ser simplesmente classificada de acordo com a origem ectópica da artéria coronária. Há um par de variações anatômicas complexas: “múltipla”, envolvendo mais de uma artéria coronária ou ramo, que podem ser subdivididos em dois subtipos: A) mais de uma das artérias coronárias ou ramos decorrentes de um lugar; e B) duas artérias coronárias/ramos decorrentes de sítios ectópicos separados; e tipo “complexo”, associado à doença cardíaca adquirida ou defeitos cardíacos congênitos.
Conclusão:
A morte súbita cardíaca de origem anômala da artéria coronária está associada com as características anatômicas incluindo curso anormal, descolamento de ângulo agudo e anormalidades ostiais. A aterosclerose é propensa a ocorrer na artéria coronária ectópica e retroaórtica, do lado direito. O tratamento cirúrgico é uma terapia definitiva. Revascularização do miocárdio simples não é recomendada devido aos riscos potenciais do fenômeno de “roubo” do fluxo coronário e patência ruim dos enxertos com a artéria torácica interna. Manobras modificadas como reimplante ostial coronário, destelhamento do segmento coronário impingido e implantação de stent coronário são defendidas em seu lugar.
Classificação; Doença da Artéria Coronariana; Vasos Coronários; Morte Súbita Cardíaca