Buscando a revascularização completa do miocárdio, 165 casos foram analisados dentre 359 pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio, no período de janeiro de 1995 a janeiro de 1996, com pontes de veia safena e/ou artéria torácica interna, de forma seqüencial, ou associadas como enxertos compostos. Destes, 132 receberam pontes seqüenciais de veia safena servindo a 2 ou mais ramos arteriais coronários, 25 foram tratados através de anastomoses seqüenciais de artéria torácica interna, de forma simples, interessando aos ramos interventricular anterior e diagonais da coronária esquerda, enquanto 8 receberam enxertos compostos de artéria torácica interna direita e esquerda associados a segmentos de veias safenas, que terminavam em ramos das artérias coronárias direita e esquerda. Em 96% os casos a operação programada foi realizada, obtendo-se revascularização completa. Ocorreu um único (0,6%) óbito hospitalar conseqüente a infarto do miocárdio transoperatório, seguido de síndrome de baixo débito cardíaco; a morbidade não diferiu daquela presente nos procedimentos usuais de revascularização cirúrgica do miocárdio. Os cuidados na dissecção e preparo dos pedículos da artéria torácica interna, bem como na retirada e preparo para implante das veias safenas, somados àqueles necessários à obtenção da perfeita anastomose seqüencial, de modo a evitar torções, angulações e acotovelamentos dos enxertos, são enfatizados como fundamentais para o excelente resultado obtido na série analisada. Nossos resultados entusiasmam o emprego da crescente freqüência no uso da técnica da revascularização completa do miocárdio.
Revascularização miocárdica; Ponte de artéria coronária; Veia safena; Artérias torácicas; Ponte de veia safena