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Análise molecular dos grandes vasos da base em portadores de valva aórtica bicúspide

OBJETIVO: A valva aórtica bicúspide (VAB) está associada a maior prevalência de ectasia anulo-aórtica, aneurisma e dissecção da aorta ascendente. Este estudo investigou a quantidade de fibrilina-1 e elastina nos grandes vasos de portadores de VAB. MÉTODO:Amostras de tecidos foram colhidas da aorta ascendente e tronco da artéria pulmonar de 22 portadores de VAB e 16 portadores de valva aórtica tricúspide (VAT) submetidos a cirurgia cardíaca, incluindo seis portadores de valva aórtica normal, provenientes do programa de transplante. Imunofluorescência indireta e análise computadorizada de imagens foram utilizadas para quantificação das proteínas na camada média dos vasos, expressas como densidade óptica integrada média (DOI). RESULTADOS: Na aorta, a DOI específica para fibrilina-1 foi 15 ± 8 no grupo bicúspide e 24 ± 7 no grupo tricúspide (p=0,001). Na artéria pulmonar, a DOI específica para fibrilina-1 foi 18 ± 10 no grupo bicúspide e 25 ± 9 no grupo tricúspide (p=0,07). A DOI específica para elastina na aorta foi 34 ± 13 no grupo bicúspide e 36 ± 19 no grupo tricúspide (p=0,31). Na artéria pulmonar, a DOI para elastina foi 30 ± 12 no grupo bicúspide e 29 ± 14 no grupo tricúspide (p=0,34). CONCLUSÕES: Os portadores de VAB apresentaram menor quantidade de fibrilina-1, mas não elastina, na aorta ascendente e artéria pulmonar que os portadores de VAT normal ou doente. Estes achados podem explicar a maior incidência de dilatação e dissecção da aorta ascendente em portadores desta má-formação da valva aórtica.

Valva aórtica; Aorta; Aorta; Aorta; Fibrilina; Elastina; Síndrome de Marfan


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