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Efeito da N-acetilcisteína em corações de ratos submetidos ao choque hemorrágico controlado

Resumo

Introdução:

A terapia farmacológica é uma estratégia de prevenção das complicações associadas à lesão de isquemia e reperfusão tecidual que ocorre após a reposição volêmica no tratamento do choque hemorrágico.

Objetivo:

O objetivo deste estudo foi avaliar a repercussão da N-acetilcisteína associada à reposição volêmica na lesão cardíaca em modelo de choque hemorrágico em ratos.

Métodos:

Ratos Wistar, machos, foram randomizados e submetidos ao choque hemorrágico controlado por 60 minutos e, depois, submetidos à reposição volêmica com Ringer Lactato. Em um grupo de seis animais, foram adicionados 150 mg/Kg de N-acetilcisteína ao fluido de reposição volêmica. Os animais foram observados por 120 minutos e após este período foram submetidos à eutanásia e coleta do tecido cardíaco para análise histopatológica e dosagem de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico e interleucinas pró e anti-inflamatórias.

Resultados:

Foi observada menor concentração de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (0,20±0,05 vs. 0,27±0,05, P=0,014) e menor dano histopatológico e edema no tecido cardíaco do grupo tratado com N-acetilcisteína em relação ao grupo cuja reposição volêmica ocorreu somente com Ringer Lactato. Não foi observada diferença da expressão das citocinas interleucina 6 (2.138,29±316,89 vs. 1.870,16±303,68, P=0,091) e interleucina 10 (1.019,83±262,50 vs. 848,60±106,5, P=0,169) entre os grupos tratados.

Conclusão:

A associação da N-acetilcisteína na reposição volêmica atenua o estresse oxidativo no coração, assim como dano e edema miocárdicos, porém, não modifica a expressão de citocinas inflamatórias.

Descritores:
Choque Hemorrágico; Coração; Acetilcisteína; Estresse Oxidativo; Inflamação

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