Objetivo: Avaliar a possibilidade de obtenção da veia safena magna através de miniincisões de pele, a sua qualidade e a ocorrência de complicações precoces da ferida operatória. Casuística e Métodos: Foram estudados 46 pacientes, admitidos entre julho e novembro de 1999. Após miniincisões longitudinais de pele a veia safena magna foi identificada e, com auxílio de afastador de lâmina longa e estreita, delicadamente dissecada. Os pacientes foram divididos em 2 grupos na dependência da presença dos fatores de risco: anemia, aterosclerose periférica, obesidade e diabete melito. As feridas operatórias foram observadas quanto às complicações maiores e menores. Amostras da veia foram enviadas para estudo histológico. Resultados: O número médio de incisões foi 2,3, com tamanho médio de 3,5 cm e de todas incisões somadas de 7,3 cm. O tamanho médio da veia foi 34,1 cm, com tempo médio de retirada de 28,7 minutos. Foram observadas complicações menores em 5 (10,8%) pacientes; sendo hematoma local a mais comum (6,5%). Não foram observadas complicações maiores e a ressecção foi sempre possível. Em 2 casos houve lesão macroscópica da veia, sendo possível a sua correção e utilização. O estudo histológico demonstrou preservação da arquitetura tecidual e não evidenciou lesão endotelial significativa. Conclusões: A obtenção da veia safena magna através de miniincisões é possível e resulta em adequado enxerto venoso. A incidência de complicações da ferida é baixa e independente dos fatores de risco. Estes resultados preliminares sugerem que a técnica pode ser aplicada com segurança em pacientes submetidos à revascularização miocárdica, embora os resultados a longo prazo ainda necessitem ser determinados.
Revascularização miocárdica; Procedimentos cirúrgicos cardíacos; Veia safena; Veia safena; Procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos; Veia safena