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Tratamento cirúrgico da coarctação da aorta: experiência de três décadas

OBJETIVO: Revisar os resultados imediatos de 30 anos da cirurgia de coarctação da aorta (CoAo), no período entre 1974 e 2004. Foram incluídos todos pacientes operados de CoAo, isolada ou associada a outros defeitos congênitos. MÉTODO: Foram pesquisados os seguintes dados: idade no momento da cirurgia, sexo, lesões associadas, tipo de técnica cirúrgica utilizada, resultado cirúrgico imediato, com ênfase à presença de hipertensão arterial sistêmica. RESULTADOS: Foram operados 104 pacientes, dos quais 75 (72%) eram pacientes pediátricos e 29 (28%), adultos. No grupo pediátrico, 23 (22%) foram considerados neonatos, 17 (16%), lactentes, 35 (34%), crianças. Os defeitos associados estiveram presentes em 66 (63,5%) pacientes, sendo 54 (51,9%) no grupo pediátrico e 12 (11,3%) no grupo dos adultos. Foram observados sete (6,7%) óbitos no pós-operatório imediato (POI). Dentre as diversas técnicas cirúrgicas utilizadas a aortoplastia foi usada em 80 pacientes (76,9%); anastomose término-terminal em 15 (14,4%); técnica de Teles em sete (6,7%); Waldhausen em um (1%), e não foi possível identificar a técnica em um (1%) paciente. CONCLUSÕES: Apesar das limitações do presente estudo, pode-se observar que os resultados foram bons, sendo a correção cirúrgica realizada de maneira segura e com baixa mortalidade. O seguimento a médio e longo prazo foi prejudicado pelas deficiências estruturais conhecidas em nosso meio.

Coartação aórtica; Procedimentos cirúrgicos cardíacos; Cardiopatias congênitas; Estudos retrospectivos


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