O teste Timed Up and Go (TUG) clássico e cognitivo é utilizado para identificar idosos propensos a quedas, porém não foram encontrados estudos que comprovem sua associação em idosos praticantes de exercícios físicos. O objetivo deste estudo foi analisar a versão clássica e cognitiva do TUG, na previsão e explicação da ocorrência de quedas, em idosos praticantes de EF. Participaram 82 idosos fisicamente ativos. Foram coletados dados sobre ocorrência de quedas, nos últimos 12 meses, e realizado o teste TUG clássico e o cognitivo por meio da pronúncia de animas enquanto executa o teste. Utilizou-se estatística descritiva e inferencial com nível de significância de 5%. Uma regressão logística binária foi realizada para associar o desfecho (quedas) e o desempenho nos testes. Para identificar os valores preditivos, utilizou-se a Curva ROC. A ocorrência de quedas na amostra foi de 19,5%. Observou-se diferença significativa entre os valores obtidos no TUG clássico e cognitivo (9,0 ±1,9 e 10,0 ±2,2 segundos, respectivamente). Não houve diferença entre idosos com e sem histórico de quedas, em ambos os testes, apesar das médias serem superiores nos idosos com histórico. Na análise de regressão logística, o desempenho de ambas as versões não explicou a ocorrência de quedas. Na curva ROC, o TUG clássico apontou acurácia de 65,3% (p= 0,058) e o TUG cognitivo de 58,1% (p= 0,324). Os testes TUG clássico e cognitivo não se associam com a ocorrência de quedas e devem ser utilizados com cautela para previsão de quedas em idosos praticantes de EF.
Acidentes por quedas; Aptidão Física; Exercício; Idosos