Resumo
O envelhecimento acarreta perdas psicológicas e alterações físicas diversas que, associadas a padrões de corpo estereotipados pela sociedade, podem causar distúrbios na percepção da imagem corporal (PIC) dos idosos. O objetivo deste estudo foi avaliar a PIC de idosos residentes no município de Campina Grande/PB e sua relação com diferentes indicadores antropométricos e de composição corporal. Este estudo é domiciliar, transversal, realizado com idosos, de ambos os sexos, cadastrados na Estratégia Saúde da Família de Campina Grande, PB. A PIC foi considerada como variável dependente e o índice de massa corporal (IMC), a circunferência da cintura (CC), a dobra cutânea tricipital (DCT) e a área de gordura do braço (AGB) como variáveis independentes. A associação entre a PIC e os indicadores antropométricos foi verificada por meio do teste qui-quadrado de Pearson (X2), regressão logística simples e múltipla, com nível de significância p<0,05. Foram entrevistados 420 idosos (68,1% de mulheres), dos quais 409 informaram sobre a percepção da imagem corporal real. Quanto à percepção da imagem corporal idealizada, 11 idosos não responderam e 230 estavam satisfeitos, visto que 179 desejavam outra silhueta. Idosos com IMC indicativo de sobrepeso/obesidade apresentaram maior chance de insatisfação com a imagem corporal em relação àqueles eutróficos. Os idosos com DCT excessiva apresentaram maior insatisfação com a imagem corporal em relação àqueles eutróficos. As mulheres apresentaram maior chance de insatisfação com a imagem corporal. Com isso, observa-se que as variáveis IMC, DCT e sexo foram, independentemente, associadas à satisfação com a imagem corporal.
Palavras-chave Antropometria; Imagem corporal