Resumo
O estudo teve por objetivo verificar os fatores associados aos componentes do fenótipo de fragilidade entre idosos hospitalizados. Trata-se de estudo transversal e analítico, com 255 idosos internados nas unidades de Clínicas Médica e Cirúrgica em um Hospital de Clínicas de Uberaba-MG. Foram utilizados: Fenótipo de Fragilidade de Fried, escalas (Depressão Geriátrica Abreviada, Katz e Lawton e Brody) e questionário estruturado com dados socioeconômicos e de saúde. Procedeu-se às análises descritiva, bivariada e modelo de regressão logística (p<0,05). Os componentes do fenótipo de fragilidade com os maiores percentuais foram a lentidão na velocidade de marcha (40,0%) e o autorrelato de exaustão e/ou fadiga (38,8%). Consolidaram-se como fatores associados: autorrelato de exaustão e/ou fadiga [indicativo de depressão (OR:3,12; IC:1,695,75)]; diminuição da força muscular [maior faixa etária (OR:2,20; IC:1,40-3,47), ausência de companheiro(OR:1,86; IC:1,02-3,39), incapacidade para atividades básicas (OR:2,38; IC:1,27-4,44) e instrumentais (OR:2,53; IC:1,29-4,97) de vida diária]; lentidão na velocidade de marcha [sexo feminino (OR:2,13; IC:1,16-3,92), maior faixa etária (OR:2,90; IC:1,82-4,61), incapacidade para atividades instrumentais de vida diária (OR:2,08; IC:1,14-3,77) e baixo nível de atividade física [maior faixa etária (OR:1,57; IC:1,01-2,44)]. Os componentes do fenótipo de fragilidade foram associados às variáveis socioeconômicas e de saúde. A identificação dos fatores associados aos componentes do fenótipo de fragilidade remete a relevância para o desenvolvimento de estratégias preventivas visando postergar esta condição bem como ações de acompanhamento neste nível de serviço.
Palavras-chave
Hospitalização; Idoso fragilizado; Nível de saúde; Saúde do idoso