Resumo em Português:
O objetivo do estudo foi identificar as barreiras para a prática de atividade física em adolescentes. Foi utilizada a técnica de grupos focais em indivíduos com idades entre 15 e 18 anos (n=59; 50,8% meninas) e constituídos oito grupos homogêneos de acordo com o gênero. A análise de conteúdo foi empregada para agrupar e classificar os relatos e em seguida, aplicou-se a estatística descritiva, utilizando-se a frequência relativa e absoluta dos relatos semelhantes com auxílio do software SPSS 11.0. As barreiras mais frequentes entre os adolescentes foram as que constituem as dimensões "psicológicas, cognitivas e emocionais" e "culturais e sociais". Para os meninos, as barreiras mais relatadas foram a preguiça, a falta de companhia e a falta de tempo. Para as meninas, por sua vez, a preguiça, a falta de companhia e a ocupação foram mais frequentes. Pode-se concluir que os adolescentes percebem barreiras de maneira distinta de acordo com o gênero, o que exige ações específicas para promoção da atividade física neste grupo.Resumo em Inglês:
The aim of study was to identify barriers to physical activity in adolescents. Focus group interviews were conducted with subjects aged 15 to 18 years (n=59, 50.8% girls) and divided according to gender. Content analysis was used to classify the reports into specific dimensions. Descriptive statistics employing relative and absolute frequencies of similar reports was performed using the SPSS 11.0 software. The most frequent barriers among adolescents were those associated with "psychological, cognitive and emotional" and "cultural and social" dimensions. For boys, the most frequently reported barriers were "feeling lazy", "lack of company" and "lack of time". For girls, "feeling lazy", "lack of company" and "occupation" were the most common barriers. In conclusion, the perception of barriers by adolescents varies according to gender, a fact requiring specific actions for the promotion of physical activity in this group.Resumo em Português:
Estudos relacionados ao desempenho e à saúde, ao analisar parâmetros de força de membros superiores (FMMSS) e inferiores (FMMII), têm considerado a maturação biológica e sexual como uma das variáveis mais importantes na interpretação dos resultados, podendo o desempenho variar conforme o estágio maturacional. Sendo a menarca um marcador de maturação, o objetivo deste estudo foi comparar a FMMSS e FMMII em adolescentes que já apresentaram a menarca com aquelas que ainda não apresentaram. O estudo de delineamento transversal foi composto por 128 adolescentes de 11 a 14 anos, divididas em dois grupos: não maturadas (n=72) e maturadas (n=56). Para verificar a FMMSS, foi realizado o teste de preensão palmar por meio do dinamômetro manual. Já a FMMII foi verificada pelo teste de impulsão vertical. Para análise dos dados, foi usada a estatística descritiva e análise de covariância (ANCOVA), sendo as covariáveis desta análise a idade, peso corporal, estatura e IMC. Foi adotado um nível de significância de 5% (p<0,05). A FMMSS diferiu entre as não maturadas (17,8±4,4) kg/f e as maturadas (21,5±3,9) kg/f (p<0,05). Entretanto, ao anular o efeito das variáveis antropométricas, esta diferença desapareceu. Em contrapartida, não houve diferença na FMMII entre os grupos (não maturadas = 23,7±6,7 cm; maturadas = 24,1±6,7 cm). A presença da menarca pode ser um dos eventos que provocou melhores desempenhos no teste de FMMSS, provavelmente, devido às variáveis antropométricas. No entanto, esta afirmação não pode ser inferida ao se analisar a FMMII.Resumo em Inglês:
Biological and sexual maturation is one of the most important variables for the interpretation of the results of performance and health studies analyzing upper (ULS) and lower limb strength (LLS), with performance varying according to maturation stage. Since menarche is a marker of maturation, the aim of this study was to compare ULS and LLS between adolescents who already had their first menarche and those who did not. A cross-sectional study was conducted on 128 adolescents aged 11 to 14 years and divided into two groups: adolescents who did not report the presence of menarche (n=72), adolescents who reported menarche (n=56). ULS was evaluated by the hand grip test using a manual dynamometer. The vertical jump test was used for the evaluation of LLS. Descriptive statistics and covariance analysis (ANCOVA) were used for data analysis, with age, body weight, height and BMI as covariables. The level of significance was set at 5% (p<0.05). ULS differed between G1 (17.8±4.4 kg/f) and G2 (21.5±3.9 kg/f) (p<0.05). However, no difference in LLS was observed between groups (G1 = 23.7±6.7 cm; G2 = 24.1±6.7 cm). The presence of menarche might be one of the events improving the performance in the ULS test, but the same cannot be inferred when analyzing LLS.Resumo em Português:
Considerando a flexibilidade uma importante variável da aptidão física relacionada à saúde para todas as idades, torna-se necessário avaliá-la em crianças e adolescentes, pois a capacidade de adquirir e manter índices de flexibilidade é maior nesta faixa etária. O estudo teve como objetivo comparar a massa corporal, estatura, índice de massa corporal e flexibilidade com a idade cronológica e a maturação sexual e verificar a influência das variáveis, avaliadas neste estudo, na flexibilidade de escolares da rede pública e particular de ensino. Este estudo caracteriza-se por ser de natureza descritivo analítico transversal. A amostra foi composta por 2604 meninas de oito a 17 anos, sendo avaliada a massa corporal, estatura, IMC, maturação sexual e flexibilidade. Foi empregada uma análise descritiva dos dados. Os testes inferências utilizados foram: análise de variância (Anova Two-way) seguida do teste de Post Hoc de Tukey os coeficientes de correlação simples de Pearson e Spearman e a análise de regressão linear múltipla "stepwise". Todos os procedimentos estatísticos foram realizados no programa SPSS® 13.0, com nível de significância de p<0,05. As diferenças estatisticamente significativas ocorreram com o avanço da idade e dos estágios maturacionais para as variáveis de massa corporal, estatura e IMC, quando comparados a partir de um ano mais velho. Conclui-se que com o avanço da idade as variáveis de massa corporal e estatura sofrem aumento crescente, principalmente, nas idades compreendidas entre oito a 13 anos, e a flexibilidade manteve-se estável por toda a infância e adolescência.Resumo em Inglês:
Since flexibility is an important component of health-related physical fitness at all ages, this parameter should be evaluated in children and adolescents because the ability to acquire and maintain levels of flexibility is greater in this age group. Thus, the objective of this study was to evaluate body weight, height, BMI and flexibility according to chronological age and sexual maturation and to determine the influence of these variables on flexibility in students from public and private schools. A cross-sectional descriptive and analytical study was conducted. The sample consisted of 2604 girls aged 8 to 17 years. Body weight, height, BMI, sexual maturation, and flexibility were evaluated. The data were analyzed descriptively using the following inferential tests: two-way analysis of variance (ANOVA) followed by the Tukey post-hoc test, Pearson's and Spearman's simple correlation coefficients, and stepwise multiple regression analysis. The SPSS® 13.0 program was used for all statistical analyses, with a level of significance of p<0.05. Significant differences with increasing age and maturation stage were observed for the variables body weight, height and BMI when compared to the subsequent year. In conclusion, body weight and height increased with increasing age, especially between 8 and 13 years, and flexibility remained stable throughout childhood and adolescence.Resumo em Português:
Níveis de treinamento distintos, associados à experiência em realizar esforços exaustivos podem produzir diferentes sensações frente à fadiga. O objetivo deste estudo foi comparar a percepção subjetiva de esforço (PSE) entre ciclistas e não-ciclistas durante teste incremental máximo (TI MAX). Participaram do estudo 23 indivíduos que foram divididos em grupo ciclistas (GC) (n = 12; idade 26,5 ± 4,7 anos; massa corporal 68,2 ± 11kg; estatura 176 ± 8,6cm) e grupo não-ciclistas (GNC) (n=11; idade 25,2 ± 4,0 anos; massa corporal 72,9 ± 9kg; estatura 175,1 ± 6,3cm). Todos realizaram um TI MAX, até a exaustão, do tipo rampa em ciclossimulador, com início a 0 W e incrementos de 20 W.min-1. Durante TI MAX a PSE foi aferida e anotada a cada 30 segundos de teste e, ao final, a potência máxima (P MAX) atingida pelos indivíduos. O tempo total de cada teste foi normalizado em porcentagens (de 10% a 100%, intervalos de 10%), e foi anotada a respectiva PSE para cada intervalo. Os valores de P MAX para GC e GNC foram 368 ± 12,7W e 256 ± 11,2W, respectivamente (P < 0,01). Os valores das medianas das PSE para GC e GNC não apresentaram diferença significativa para nenhuma porcentagem de tempo. Conclui-se que as respostas de PSE não sofreram alterações entre GC e GNC durante TI MAX, sugerindo que o nível de treinamento não influencia a PSE.Resumo em Inglês:
Different training levels, combined with experience in performing exhaustive exercise, may produce different sensations of fatigue. The objective of this study was to compare the rating of perceived exertion (RPE) between cyclists and non-cyclists during a maximal incremental test (IT MAX). Twenty-three subjects were recruited and divided into a cyclist group (CG) (n = 12; age: 26.5 ± 4.7 years, body weight: 68.2 ± 11kg, height: 176 ± 8.6 cm) and a non-cyclist group (NCG) (n = 11; 25.2 ± 4.0 years, body weight: 72.9 ± 9 kg, height: 175.1 ± 6.3 cm). All subjects performed an IT MAX until exhaustion on a cycling simulator, starting at 0 W and with increments of 20 W.min-1. RPE was measured at 30-second intervals during IT MAX and the maximal power output (P MAX) of each subject was also recorded. The total time of each test was normalized to the percentage of completed trial (10% to 100%, intervals of 10%), and the corresponding RPE was recorded. P MAX was 368 ± 12.7 W and 256 ± 11.2 W for CG and NCG, respectively (P < 0.01). No significant difference in median RPE was observed between groups at any time point. In conclusion, RPE responses did not differ between CG and NCG during IT MAX, suggesting that training level does not influence RPE.Resumo em Português:
O step-training é uma atividade física associada com aumento da força de membros inferiores. A força muscular é um componente crítico para a manutenção da capacidade funcional. O objetivo deste estudo foi verificar o efeito de seis semanas de step-training nos parâmetros trabalho e potência de membros inferiores em mulheres idosas. Treze mulheres saudáveis e ativas se voluntariaram a participar do estudo. Todas foram submetidas a aulas de step-training, três vezes por semana, durante 60 minutos cada. As variáveis da força muscular dos extensores e flexores do joelho foram mensuradas por meio de um dinamômetro isocinético Biodex System 3 Pro. Trabalho e potência muscular foram mensurados nas velocidades angulares de 60 e 180°/s. Diferença significativa (p<0.05) foi encontrada no trabalho para os músculos flexores do joelho, entre o pré e pós-teste, nas velocidades de 60 e 180°/s. Houve diferença significativa (p<0.05) para o trabalho nos músculos extensores na comparação pré e pós-teste, na velocidade angular de 60°/s. Diferenças significativas foram observadas na potência muscular na comparação pré e pós-teste, para os músculos flexores na velocidade angular de 60°/s (p<0,05) e para os músculos extensores do joelho nas velocidades angulares de 60 e 180°/s (p<0,05). Concluindo, o step-training pode ser recomendado como uma atividade física alternativa para ser utilizada com pessoas idosas, objetivando aumento do desempenho de força (trabalho e potência) dos músculos extensores e flexores do joelho.Resumo em Inglês:
Step-training is associated with strength improvement of the lower limbs. Muscle strength is a critical component for the maintenance of functional capacity. The objective of the present study was to determine the effect of 6 weeks of step-training on work and power of the lower limbs in older women. Thirteen healthy and active women volunteered to participate in the study. All subjects underwent step-training classes three times per week for 60 min. Strength variables of the knee extensor and flexor muscles were measured with a Biodex System 3 Pro isokinetic dynamometer. Muscle work and power were assessed at an angular velocity of 60 and 180°/s. A significant difference (p<0.05) in knee flexor muscle work was observed between pre- and post-test at 60 and 180°/s. There was a significant difference (p<0.05) in knee extensor muscle work between pre- and post-test at 60°/s. Significant differences were observed between pre- and post-test values of knee flexor muscle power at 60°/s (p<0.05) and knee extensor muscle power at 60 and 180°/s (p<0.05). In conclusion, step-training can be recommended as an alternative physical activity to increase strength performance (work and power) of the knee extensor and flexor muscles in older subjects.Resumo em Português:
Os objetivos do estudo foram verificar se a potência mecânica estimada pela capacidade de trabalho físico, no limiar da frequência cardíaca (CTF LFC), correspondia à carga de trabalho equivalente ao máximo estado estável da frequência cardíaca (MEE FC) e analisar a influência da duração do exercício sobre o cálculo da CTF LFC. Sete sujeitos foram submetidos a um teste máximo e cinco testes em carga constante relativas ao segundo limiar metabólico (Lim2). A frequência cardíaca (FC) e a variabilidade da FC (VFC) foram estimadas por regressão linear e plotagem de Poincaré, respectivamente. Verificou-se diferença significativa entre a CTF LFC e o MEE FC, independente da intensidade empregada. Além disso, intensidades superiores a 50% do Lim2 não apresentaram estabilização da FC. No entanto, isso foi independente de controle autonômico cardiovascular, pois não havia diferença para SD1 ou SD1/SD2 em função da duração da tarefa. Em síntese, a CTF LFC não representa o MEE FC para adultos jovens fisicamente ativos. Adicionalmente, a ausência de estabilização da FC parece ser independente de mecanismos neurais.Resumo em Inglês:
The objectives of this study were to determine whether the power output measured by physical working capacity at threshold heart rate (PWC THR) was equivalent to power output at the maximal steady state of heart rate (MSS HR), and to analyze the influence of exercise duration on the calculation of PWC THR. Seven subjects were submitted to a maximal progressive test and five bouts at constant power relative to the second metabolic threshold (Lim2). Heart rate (HR) and HR variability were estimated by linear regression and Poincaré plotting, respectively. There was a significant difference between PWC THR and MSS HR, irrespective of the intensity used. Additionally, intensities higher than 50% of Lim2 did not result in HR stabilization. However, the latter finding did not depend on cardiovascular autonomic control since there was no difference in SD1 or SD1/SD2 as a function of duration of the effort. Thus, PWC THR does not represent MSS HR in physically active young adults. Furthermore, the lack of HR stabilization seems to be independent of neural mechanisms.Resumo em Português:
O objetivo deste estudo foi analisar o efeito da crioterapia de imersão sobre a remoção do lactato sanguíneo, um importante parâmetro fisiológico relacionado à fadiga muscular, após exercício de alta intensidade. Para tanto, quinze atletas de futebol (15 a 17 anos) foram divididos em Grupo Imersão (GI, n=7) e Grupo Controle (GC, n=8). Os atletas foram submetidos a um protocolo indutor de fadiga muscular (PIFM) por exercício de alta intensidade em ciclo-ergômetro. Após, os atletas do GI realizaram a crioterapia de imersão, por 10 minutos, com os membros inferiores imersos a 5±1º C, enquanto os atletas do GC permaneceram 10 minutos em repouso. Foram coletadas amostras de sangue para análise da concentração de lactato previamente ao PIFM (PRÉ), assim como 3, 15 e 25 minutos após o término do exercício (respectivamente PÓS-3, PÓS-15 e PÓS-25). O PIFM elevou as concentrações de lactato sanguíneo dos atletas significativamente e de maneira similar nos dois grupos. No período de recuperação, o Gl apresentou redução da concentração de lactato de 13,6% no PÓS-15 e 15,3%, no PÓS-25, enquanto o GC apresentou 14,6% e 28,5% de redução, no PÓS-15 e PÓS-25, respectivamente. Observou-se que a recuperação passiva apresentou decréscimo significativo da concentração de lactato enquanto o mesmo não foi verificado com a crioterapia. A crioterapia de imersão, nos parâmetros adotados pelo estudo, apresentou-se menos efetiva que repouso para a remoção do lactato sanguíneo após exercício de alta intensidade.Resumo em Inglês:
The objective of this study was to analyze the effect of immersion cryotherapy on blood lactate removal, an important physiological parameter related to muscle fatigue, after high-intensity exercise. Fifteen soccer athletes (15 to 17 years) were randomized into an immersion group (IG, n=7) and a control group (CG, n=8). The athletes were subjected to a muscle fatigue inducer protocol (PIFM) on a cycle ergometer. Next, GI athletes underwent immersion cryotherapy for 10 minutes, with the lower limbs being immersed at 5±1º C, whereas CG athletes rested for 10 minutes. Blood samples were collected for the determination of lactate concentration before the PIFM and 3, 15 and 25 minutes after the end of exercise (post-3, post-15 and post-25, respectively). The PIFM resulted in a significant increase of blood lactate concentration in the athletes, which was similar in two groups. During the recovery period, lactate concentration decreased by 13.6% at post-15 and by 15.3% at post-25 in IG, whereas GC presented a decrease of 14.6% and 28.5% decrease at post-15 and post-25, respectively. Passive recovery resulted in a significant decrease of lactate concentration, whereas the same was not observed for cryotherapy. These results suggest that, for the parameters used in this study, immersion cryotherapy was less effective than rest in the removal of blood lactate after high-intensity exercise.Resumo em Português:
A freqüência cardíaca (FC) durante o exercício tem sido utilizada no controle da intensidade de exercícios aeróbios. A palpação é o método mais popular e acessível para este fim. As respostas obtidas em testes laboratoriais são utilizadas para aplicações em campo, supondo-se que sejam semelhantes. O objetivo do estudo foi correlacionar as medidas de FC por palpação e por monitor de FC (MFC) em quatro sessões de exercício aeróbio e comparar os resultados obtidos entre sessões realizadas em laboratório e em campo. Participaram do estudo 15 mulheres jovens saudáveis que realizaram quatro sessões de exercício aeróbio, com carga contínua e duração de 40 minutos cada, sendo duas sessões em esteira e duas sessões em pista (50-60% e 80-85% FCmax). Durante as sessões, a FC foi registrada minuto a minuto pelo MFC (Polar Accurex) e medida a cada 10 minutos pela palpação do pulso radial. Foram observadas diferenças significativas entre a comparação das diferenças (deltas - ∆) obtidas entre as medidas de FC pela palpação e pelo MFC, nas sessões de exercício na pista e no laboratório em apenas algumas situações. Foram observadas correlações fortes (r = 0,95) e moderadas para forte (r = 0,73) entre palpação e MFC nas quatro sessões. A FC de esforço na palpação foi subestimada não mais do que 5%, mas não houve diferenças significativas entre os valores médios absolutos de FC mensuradas pelo MFC e pela palpação. Pode-se concluir que para uma mesma intensidade de esforço, os resultados obtidos no campo e laboratório foram semelhantes. Além disso, a FC pela palpação da artéria radial, imediatamente após o esforço, pode ser utilizada no controle de intensidade de exercícios aeróbios, representando uma monitorização fisiológica próxima da real obtida por MFCResumo em Inglês:
Heart rate (HR) during exercise has been used for the control of aerobic exercise intensity. Palpation is the most popular and accessible method for this purpose. The responses obtained in laboratory tests are used for field application and are suggested to be similar. The objective of this study was to correlate the HR measures obtained by palpation and with a heart rate monitor (HRM) in four sessions of aerobic exercise, and to compare the results obtained in the laboratory and in the field. Fifteen healthy young women underwent four sessions of aerobic training of 40 min each at a continuous load, including two sessions on a treadmill and two in the field (50-60% and 80-85% HRmax). During the sessions, HR was recorded minute-by-minute with an HRM (Polar Accurex) and measured at 10-minute intervals by pulse palpation. There were significant differences in ∆HR values obtained by palpation and with the HRM between exercise sessions performed on the track and in the laboratory. Strong correlations (r = 0.95) and moderate to strong (r = 0.73) correlations were observed between palpation and HRM in the four sessions. HR during exercise obtained by palpation was underestimated by no more than 5%, but there were no significant differences in mean absolute HR measured by HRM and palpation. For the same exercise intensity, similar results are obtained in the field and laboratory. In addition, HR obtained by palpation of the radial artery immediately after exercise can be used for the control of aerobic exercise intensity.Resumo em Português:
O objetivo deste estudo foi investigar, em mulheres idosas, o efeito agudo do alongamento estático sobre a taxa de desenvolvimento de força pico (TDFP) e contração voluntária máxima (CVM). A amostra foi composta por 10 mulheres idosas (idade 68,5 ± 7,0 anos; peso 70,9 ± 8,1 kg; estatura 159,4 ± 6,0 cm; índice de massa corporal 28,0 ± 3,8 kg/m²). A TDFP e a CVM foram testadas no exercício Leg Press, antes e após as condições controle ou alongamento (três séries de 30 segundos de alongamento estático do quadríceps femoral), em dois dias diferentes (24 horas de intervalo). A TDFP foi determinada como a inclinação mais íngreme da curva, calculada dentro da janela regular de 20 ms (∆Força/∆Tempo), para os primeiros 200 ms após o início da força muscular. A CVM foi determinada como o maior ponto registrado na tentativa. Em cada dia, apenas uma condição foi testada e a ordem de emprego para cada condição foi determinada aleatoriamente. A intensidade do alongamento foi determinada pelo limiar de dor muscular. Quatro avaliações pós-condições (pós-tratamento; 10; 20 e 30 minutos) foram realizadas para acompanhar o comportamento da força muscular. A ANCOVA 2x5, seguida do teste post-hoc de Scheffé, não mostrou interações, condição vs. momento, significativas (P > 0,05) para a TDFP e CVM. Em conclusão, séries agudas de alongamento estático para o quadríceps femoral não afetam a capacidade de produzir força muscular rapidamente e máxima de mulheres idosas.Resumo em Inglês:
The objective of this study was to investigate the acute effect of static stretching on the peak rate of force development (PRFD) and maximum voluntary contraction (MVC) in older women. Ten women (68.5 ± 7.0 years; 70.9 ± 8.1 kg; 159.4 ± 6.0 cm; body mass index: 28.0 ± 3.8 kg/m²) were studied. MVC and PRFD were determined by leg press exercise before and after the control or stretching condition (three sets of 30 seconds of static stretching of the quadriceps) on two different days (interval of 24 hours). PRFD was determined as the steepest slope of the curve, calculated within regular windows of 20 milliseconds (∆force/∆time) for the first 200 milliseconds after the onset of contraction. MVC was determined as the highest value recorded in each set. Only one condition was tested on each day and the order of application of each condition was determined randomly. The stretching intensity was evaluated by the muscle pain threshold. Four post-condition assessments (post-treatment, 10, 20, and 30 minutes) were performed to monitor muscle strength. ANCOVA 2x5, followed by the Scheffé post-hoc test, showed no significant interactions between conditions vs. times (P > 0.05) for PRFD or MVC. In conclusion, acute bouts of static stretching of the quadriceps femoris do not affect the ability of rapid and maximum muscle force production in older women.Resumo em Português:
A flexibilidade é uma das valências físicas essenciais para a prática da Ginástica Rítmica (GR). Este estudo tem por objetivo comparar as adaptações crônicas do treino de flexibilidade em função de duas técnicas: o alongamento estático e a técnica Mulligan - Long Leg Traction, no movimento de extensão do quadril, em atletas de GR. Participaram do estudo oito atletas do sexo feminino, com média de idade de 13,25±0,89 anos, divididas em dois grupos. O Grupo 1 foi submetido à técnica Mulligan e o Grupo 2 ao alongamento estático. O treinamento de flexibilidade teve duração de seis semanas, foi realizado duas vezes por semana e constitui-se de duas repetições de 30 segundos para cada membro inferior. Utilizou-se a fotogrametria para avaliar a amplitude de movimento (ADM) de extensão do quadril. Realizou-se a avaliação da ADM antes do início e após seis semanas de treinamento. Utilizou-se estatística descritiva e inferencial para o tratamento dos dados. O aumento da ADM foi estatisticamente significativo em ambos os membros inferiores no Grupo 1, e no MID no Grupo 2. Após seis semanas de treinamento, o ganho de ADM do Grupo1 foi de 6,25º± 2,75º no MIE e, 525º ± 2,63º no MID; e do grupo2 foi 6,75º± 4,64º no MIE e 5,5º± 3,41º no MID. Ao comparar as técnicas executadas, em relação ao ganho de ADM, não houve diferença estatisticamente significativa. Conclui-se que, após as seis semanas de treinamento, as duas técnicas propostas promoveram aumento estatisticamente significativo na amplitude de movimento.Resumo em Inglês:
Flexibility is one of the most important physical aspects in Rhythmic Gymnastics (RG). The purpose of the study was to compare long-term changes in flexibility of hip extension in athletes of RG in function of two techniques: the static stretch and Mulligan's Long Leg Traction. Participated eight female athletes with an average age of 13,25±0,89 years old, divided into two groups. Group1 performed Mulligan technique and Group2 performed static stretch. Flexibility training lasts for six weeks. It was executed 2 times a week, and was composed by 2 repetitions of 30 seconds for each lower limb. Photogrammetry was used to assess the range of motion (ROM) of hip extension. ROM was assessed before and after six weeks of training. Descriptive and inferential statistics were used to analyze the data. The increase of ROM was statistically significant in both lower limbs in Group 1, and in right lower limb (RLL) in Group 2. After six weeks of training the increase of ROM in Group 1 was 6,25°± 2,75º in left lower limb (LLL) and 5,25°± 2,63º in RLL, and the increase in Group 2 was 6,75º± 4,64º in LLL and 5,5º± 3,41º in RLL. Comparing the two executed techniques, in relation to the increase of ROM, there were no statistically significant differences. We conclude that after six weeks of training the two proposed techniques have showed increases in range of motion.Resumo em Português:
A avaliação da força de preensão manual (FPM) do tipo palmar é frequentemente utilizada, especialmente, no âmbito fisioterápico e desportivo. A busca por valores normativos tem sido foco de alguns estudos, mas os diferentes instrumentos e protocolos dificultam a generalização dos resultados. Além disso, existem diversos fatores que podem influenciar a FPM como o sexo, a idade, a dominância, o horário de avaliação, o posicionamento corporal, a sinceridade do esforço, as características antropométricas e o tamanho da empunhadura. Este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão crítico-narrativa do estado da arte relacionado a medidas da FPM e alguns aspectos referentes à sua interpretação. De acordo com o universo bibliográfico revisado, em avaliações de FPM parece ser fundamental a utilização de um dinamômetro que permita a mensuração de curvas força vs tempo e que possibilite o ajuste contínuo da empunhadura de acordo com as dimensões da mão. Recomenda-se ainda: padronizar o horário de avaliação, avaliar ambas as mãos, realizar no mínimo três avaliações em cada mão, adotar um posicionamento corporal padrão, utilizar incentivo verbal e/ou visual e corrigir a força pela massa corporal. A padronização dos métodos de avaliação e interpretação dos resultados pode permitir a construção de valores de referência confiáveis e universalmente aceitos.Resumo em Inglês:
The evaluation of hand grip strength (HGS) is commonly used, especially in physiotherapy and sports. The establishment of reference values has been the focus of some studies, but the different instruments and protocols used impair generalization of the results. Moreover, several factors influence HGS, such as gender, age, dominance, time of assessment, body position, sincerity of effort, anthropometric characteristics, and grip span. The objective of this study was to review the current state of the art regarding HGS measures and some aspects related to their interpretation. According to the literature, the use of a dynamometer that allows the construction of force vs. time curves and the continuous adjustment of grip span according to hand dimensions seems to be essential for the evaluation of HGS. Additional recommendations are the standardization of the time of evaluation, assessment of both hands, a minimum number of three trials for each hand, adoption of a standard body position, use of verbal and/or visual encouragement, and the correction of muscle strength according to body weight. The standardization of evaluation methods and interpretation of the results permits the establishment of reliable and universally accepted reference values of HGS.Resumo em Português:
A carga de treinamento (CT) é influenciada pelo volume e pela intensidade. A determinação precisa das CTs utilizadas durante o treinamento é crucial para atingir as adaptações desejadas e evitar o overtraining. A CT pode ser monitorada de diversas maneiras. Entretanto, nós recomendamos o método da percepção subjetiva de esforço da sessão (PSE da sessão) para quantificar a CT pelo seu baixo custo, pela sua fácil compreensão e a pela sua relativa simplicidade de implementação. Neste relato, nós apresentamos dados relacionados às CTs coletados durante o Torneio de Roland Garros em 2008. Nossa experiência no tênis sugere que o método da PSE da sessão é uma ferramenta valiosa que pode ser usada para controlar o treinamento e evitar CTs excessivas. Nós também acreditamos que o monitoramento preciso da CT proporcionará ao técnico o melhor entendimento do processo de treinamento desportivo, em última instância, levando ao aumento de desempenho.Resumo em Inglês:
Training load (TL) is influenced by both training volume and training intensity. A precise understanding of the TLs completed during training is crucial to achieve desirable training outcomes and to avoid overtraining. TL can be monitored in many different ways; however, we recommend the session-rate of perceived exertion (session-RPE) method for quantifying TL because of its low cost and because it is easy to understand and relatively simple to implement. In this report, we provide data regarding TLs collected during the 2008 Roland Garros Tournament. Our experience in tennis suggests the session-RPE method to be a valuable tool that can be used to control training and to avoid excessive TLs. We also believe that accurate monitoring of TL will enable the coach to better understand of the sports training process, ultimately leading to the improvement of performance.