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Impacto da transferência inter-hospitalar nos resultados da intervenção coronária percutânea primária

INTRODUÇÃO: Atrasos decorrentes da transferência para realização de intervenção coronária percutânea (ICP) primária impactam negativamente os benefícios do procedimento. MÉTODOS: Registro prospectivo objetivando comparar os resultados da ICP primária entre pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) admitidos ou transferidos para hospital equipado com laboratório de intervenção. RESULTADOS: Entre fevereiro de 2009 e dezembro de 2011 foram incluídos 319 pacientes, com média de idade de 59,8 ± 12 anos, 28,5% do sexo feminino e 22,3% diabéticos. Pacientes transferidos para realização de ICP primária (n = 201) apresentaram tempo porta-balão mais longo (86,4 ± 26,6 min vs. 69 ± 22,6 min; P < 0,0001), diminuição não-significativa da resolução do supradesnivelamento do segmento ST (83,5% vs. 90,4%; P = 0,18), do fluxo final TIMI 3 (90,1% vs. 94,1%; P = 0,30), do blush miocárdico grau 3 (74,3% vs. 78,8%; P = 0,22) e do sucesso angiográfico (90,1% vs. 94,1%; P = 0,30), e incremento não-significativo de sangramento grave (2% vs. 0,9%; P = 0,20) e mortalidade hospitalar (6,5% vs. 4%; P = 0,29). CONCLUSÕES: O encaminhamento do paciente com IAMCSST diretamente a hospital com laboratório de intervenção associa-se a menor tempo porta-balão e melhora não-significativa dos marcadores de reperfusão e da mortalidade.

Infarto do miocárdio; Angioplastia; Transferência de pacientes; Reperfusão; Mortalidade


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