RESUMO
Introdução:
O envelhecimento do terço inferior da face promove o apagamento da definição da borda mandibular e do ângulo cervicofacial, além do surgimento das bandas platismais na região anterior do pescoço. Os pacientes têm grande expectativa de que o facelift resolva de maneira significativa tais efeitos. Para alcançar estes resultados, desenvolvemos uma abordagem cuja finalidade é a definição marcante do que chamamos de cintura cervicofacial.
Métodos:
O autor propõe uma nova abordagem cirúrgica de facelift já realizada em 444 pacientes consecutivos, desde 2015, que envolve uma plicatura agressiva do SMAS-platisma somada a uma tração lateral, também por plicatura, das bandas mediais do platisma.
Resultados:
Apesar da dificuldade em comparar resultados com diferentes técnicas, percebemos claramente uma melhora significativa nos nossos resultados com a nova técnica cirúrgica, sem aumento dos índices de complicações.
Discussão:
Buscamos novas técnicas pelo fato de que os tratamentos clássicos da região cervical nos parecem falhos e baseados em conceitos mal fundamentados. Estes envolvem a plicatura medial das bandas platismais por abordagem submentoniana, aproximando-as e prejudicando a elevação cranial do SMAS-platisma. Assim, passamos a realizar plicaturas laterais diretamente sobre as bandas através do acesso lateral do descolamento da face, com confecção de uma cintura cervicofacial.
Conclusão:
A soma dos efeitos da plicatura do SMAS com a plicatura lateral da banda medial do platisma torna a definição cervicofacial mais nítida com otimização importante dos efeitos estéticos desejados.
Descritores:
Ritidoplastia; Pescoço; Envelhecimento; Sistema musculoaponeurótico superficial; Lipectomia.