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Plicatura dos retos do abdome em dois planos versus plano único contínuo

RESUMO

Introdução:

A correção da diástase dos músculos retos do abdome é realizada principalmente pela sua plicatura, procedimento que consome muito tempo cirúrgico. O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia e o tempo necessário para a correção da diástase dos retos do abdome comparando a plicatura com sutura contínua em plano único à plicatura em dois planos.

Método:

Foram incluídas 20 mulheres com história de pelo menos uma gestação. Foram randomizadas em dois grupos, um submetido à plicatura dos retos do abdome em dois planos (controle) e outro à sutura em plano único contínuo (estudo) com mononylon 2-0. Mediu-se o tempo necessário para a realização de cada uma das técnicas. Para análise estatística, foram usados os testes não paramétricos de Mann-Whitney, Friedman e Wilcoxon, considerando estatisticamente significante p < 0,05. Todas as pacientes foram submetidas à ultrassonografia previamente à cirurgia, 3 semanas e 6 meses de pós-operatório.

Resultados:

A plicatura do grupo estudo mostrou-se tão eficaz quanto à do grupo controle, mantendo seu resultado em longo prazo, apresentando diferença estatisticamente significante (p = 0,018) na comparação das medidas pré e pós-operatórias. No grupo estudo, porém, a plicatura consumiu menor tempo cirúrgico para ser realizada, também com diferença estatisticamente significante (p = 0,002).

Conclusão:

Com este estudo, pode ser concluído que tanto a sutura em dois planos como a em plano único contínuo são eficazes na correção da diástase dos retos do abdome e mantêm o resultado por longo tempo. Concluiu-se também que a técnica de sutura contínua demanda menor tempo para ser realizada.

Descritores:
Parede abdominal; Abdominoplastia; Reto do abdome

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