RESUMO
Introdução:
O interesse antigo na reconstrução dos defeitos labiais pode ser explicado pela sua localização e pela singularidade da sua anatomia. Assim, o objetivo deste trabalho é discutir as melhores alternativas para a reconstrução labial.
Métodos:
Foi realizada uma análise retrospectiva de 50 casos submetidos à reconstrução primária dos lábios superior e inferior com o emprego de retalhos locais, no período de janeiro de 2000 a janeiro de 2014. Os defeitos foram divididos quanto à sua localização e quanto ao tamanho: defeitos que acometem até 1/3 do lábio e mais de 1/3 do lábio. O período de acompanhamento pósoperatório variou de 2 meses a 3 anos.
Resultados:
A idade dos pacientes variou entre 22 e 91 anos. A maior incidência foi na 7ª década de vida. Dentre as 50 reconstruções realizadas, 33 foram no lábio inferior (66%) e 17 no lábio superior (34%). Para defeitos pequenos, de até 1/3 do lábio, empregou-se a sutura simples (23 casos). Os demais 27 casos, cujos defeitos eram maiores que 1/3 do lábio, exigiram procedimentos com graus variáveis de complexidade.
Conclusões:
Para a reparação dos defeitos de até 1/3 do lábio inferior, a sutura direta é a melhor opção. Para a reconstrução de defeitos maiores que 1/3 do lábio inferior, devemos optar pelos retalhos de Gillies e Karapandzic, pois são confiáveis e capazes de restaurar a função labial. No caso de defeitos maiores que 50% do lábio, devemos evitar as técnicas de Gillies e Karapandzic, a fim de evitar a microstomia.
Descritores:
Lábio; Cirurgia; Reconstrução