RESUMO
Introdução:
O controle da absorção de proteínas é necessário para a definição das propriedades dos biomateriais e de seus usos específicos. O plasma sanguíneo contém diversas proteínas diferentes, dentre elas o fibrinogênio, que apresenta importante papel na adesão celular e nos resultados de biocompatibilidade em implantes. Os objetivos deste estudo foram avaliar laboratorialmente as ratas submetidas à colocação de mini-implantes de silicone nanotexturizados e revestidos por espuma de poliuretano a partir da aferição do fibrinogênio sérico e mensuração da proteína plasmática.
Métodos:
Foram utilizadas 60 ratas albinas, divididas em dois grupos de 30 animais para cada tipo de mini-implante de silicone (nanotexturizado e espuma de poliuretano) e subdivididas em 3 subgrupos, conforme o tempo de eutanásia dos animais (30, 60 e 90 dias). Os mini-implantes foram inseridos no dorso dos animais abaixo do Panniculus carnosus. No momento das eutanásias, amostras de sangue foram obtidas por punção cardíaca. Utilizou-se a técnica de precipitação térmica para determinação das proteínas plasmáticas total e sérica, e o valor do fibrinogênio foi obtido mediante a diferença entre estas duas últimas.
Resultados:
Quando comparados os grupos entre si, observou-se que o grupo nanotexturizado apresentou uma maior quantidade de fibrinogênio e da proteína plasmática no subgrupo de 90 dias, com significância estatística (p=0,004). Ao comparar os subgrupos entre si, em ambos os grupos, evidenciou-se uma diferença significativa (p<0,001).
Conclusão:
Os mini-implantes nanotexturizados mostraram uma menor absorção de proteínas em relação aos implantes revestidos pela espuma de poliuretano, no subgrupo de 90 dias.
Descritores:
Proteínas sanguíneas; Implantes experimentais; Implantes de mama; Mamoplastia; Ratos