RESUMO
Introdução:
A realidade do envelhecimento populacional chegou ao campo da Cirurgia Plástica, provada pelo crescimento do número de idosos que se submetem à cirurgia estética (CE). A pesquisa objetiva avaliar a importância da CE para o idoso, e se existe diferença de qualidade de vida e autoestima entre idosas que se submeteram e que não se submeteram à cirurgia estética.
Métodos:
Pesquisa casocontrole, sendo o grupo-caso formado por 25 idosas que se submeteram à CE e o grupo-controle por 25 idosas que não fizeram CE, pareados pelos dados socioeconômicos. Os instrumentos aplicados foram: Minimental, questionário de qualidade de vida (WHOQOL-BREF), escala de autoestima de Rosenberg e um questionário elaborado para pesquisa de dados sociodemográficos, motivação e satisfação com a CE.
Resultados:
A média de idade foi 67,26 anos e a escolaridade média, de 9,96 anos. As cirurgias mais realizadas foram a abdominoplastia e a blefaroplastia. Os motivos mais escolhidos foram o desconforto físico, o desejo de melhoria da qualidade de vida (QV) e a insatisfação com a autoimagem. Não foram encontradas idosas com baixa autoestima e o nível de satisfação foi alto quando relacionado com a própria vida ou a vida social. Não houve diferença de QV e autoestima entre os dois grupos analisados.
Conclusão:
As motivações das idosas para realização de CE são de ordem física e psicológica. Não houve diferença de QV e autoestima entre idosas submetidas e não submetidas à CE. Analisando-se as idosas submetidas à CE, foram comprovados altos níveis de satisfação pessoal e na vida social.
Descritores:
Serviços de saúde para idosos; Qualidade de vida; Autoimagem; Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos; Avaliação de resultado de intervenções terapêuticas.