RESUMO
Introdução:
O câncer de pele é a neoplasia mais comum na população brasileira, correspondendo a 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Os tumores malignos não melanoma são o tipo de câncer de maior incidência e prevalência no Brasil. O carcinoma basocelular (CBC) é o mais comum, correspondendo entre 70% e 75% dos casos. O carcinoma epidermóide (CEC) responde por 20% dos casos. O objetivo é determinar o perfil epidemiológico, os tipos e subtipos encontrados nos resultados de histopatológico, a conduta cirúrgica e sua eficácia, dos pacientes com suspeita de lesão maligna de pele.
Métodos:
Estudo retrospectivo descritivo, baseado na análise de prontuário eletrônico de ressecção de lesões de pele suspeitas de maligna, pela equipe da Cirurgia Plástica do Hospital Regional da Asa Norte, Brasília/DF, no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2016.
Resultados:
Foram submetidos à cirurgia 533 pacientes, sendo sexo feminino (51,6%), com média de idade de 68,97 anos e 84% com diagnóstico de carcinoma basocelular com subtipo sólido. As margens comprometidas atingiram 11% da amostra. As reconstruções mais prevalentes foram fechamento primário e retalhos locais.
Conclusão:
O perfil epidemiológico dos pacientes atendidos com lesões suspeitas de câncer de pele demonstrou prevalência em mulheres e acima de 60 anos, com história de exposição solar. A face foi o local mais acometido, sendo o nariz a topografia mais comum. O CBC é tipo mais comum e o subtipo sólido circunscrito foi o mais prevalente. O tipo de reconstrução mais utilizado foi o fechamento primário e o retalho local.
Descritores:
Carcinoma basocelular; Câncer de pele; Comprometimento de margem; Margens de excisão; Retalhos cirúrgicos; Cirurgia plástica.