RESUMO
Introdução:
Feridas complexas são um desafio para o cirurgião plástico. Nestes casos, a solução mais comum é a indicação de enxertia de pele ou de retalhos, no entanto, dependendo das estruturas afetadas, os resultados podem não ser satisfatórios. As matrizes foram inicialmente desenvolvidas para o tratamento de sequelas de queimaduras. Desde então, desenvolveram-se diferentes variedades, as quais são aplicadas no tratamento de diversas patologias, inclusive feridas complexas. Apenas algumas matrizes dérmicas acelulares heterólogas (MDAH) estão disponíveis no Brasil e a um custo ainda muito elevado. O objetivo desse estudo é relatar a experiência adquirida com a utilização de MDAHs para o tratamento de pacientes com necessidade de cirurgia plástica reparadora.
Método:
No período de fevereiro de 2011 a julho de 2014 foram utilizadas 5 diferentes MDAHs no tratamento de 24 lesões de diferentes etiologias, inclusive para 3 etiologias não descritas na literatura: rinofima, hidrosadenite supurativa e síndrome de Lyell (necrólise epidérmica tóxica- NET).
Resultados:
Os 20 pacientes de diferentes etiologias e que receberam o tratamento com enxerto de MDAH em diferentes regiões anatômicas, associados ou não à enxertia de pele autóloga, alcançaram a solução de suas patologias com adequados padrões funcionais e estéticos.
Conclusão:
O emprego de MDAH pode ser considerado como alternativa no tratamento de diversos casos de difícil resolução e tem seu lugar na Cirurgia Plástica moderna, porém sua indicação deve ser bem avaliada devido ao alto custo do material.
Descritores:
Curativos biológicos; Retalhos cirúrgicos; Feridas; Cicatrização; Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos/métodos.