RESUMO
Introdução:
Desde os primórdios, a cirurgia plástica melhora a autoestima e a aceitação em uma sociedade que idealiza o culto ao corpo. A pressão do consumo e a facilidade de se submeter a um procedimento de cirurgia plástica acabam tornando-se obsessão na vida desses pacientes.
Método:
Pacientes do sexo feminino que passaram por avaliação e acompanhamento psicológico em todo o processo cirúrgico, e procedimento de cirurgia plástica, com a idade entre 19 e 57 anos, responderam ao questionário de Atitudes Socioculturais em relação a aparência e a Escala de Sintomas de Dismorfobia Corporal - Body Dysmorphic Scale.
Resultados:
Dos 38 pacientes avaliados, 17 têm a mídia como influência em relação a sua imagem corporal e apresentam sintomas do Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), 13 pacientes têm a mídia como influência em relação a sua imagem corporal, mas não apresentam sintomas do TDC, e em oito pacientes a mídia não influencia em relação a sua imagem corporal e não apresentam sintomas do TDC.
Conclusão:
Destaca-se a importância de uma equipe multidisciplinar, com a presença de um psicólogo, para avaliar e acompanhar o paciente em todo processo cirúrgico, pois o diagnóstico precoce do TDC evitará uma insatisfação com o resultado da cirurgia plástica e, principalmente, futuros processos judiciais.
Descritores:
Transtornos dismórficos corporais; Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos; Meios de comunicação de massa; Judicialização da saúde; Transtorno obsessivo-compulsivo