RESUMO
Introdução:
Durante os últimos anos, os princípios cirúrgicos da abdominoplastia permaneceram inalterados. Portanto, muitos resultados observados apresentam desalinhamento, cicatrizes transversais altas e retas do abdome, levando ao posicionamento final da cicatriz umbilical a ser muito próximo da cicatriz transversal, o que dá a impressão de abdome curto. Propomos que a abdominoplastia modifique a concepção básica de sua marcação, pois acreditamos que é importante posicionar a cicatriz transversal mais baixa na região medial e púbica, e mais alta nas extremidades laterais, permitindo, no nível dos flancos, a rotação dos retalhos lombares no sentido anterior em direção inferomedial.
Métodos:
Foram analisados de forma retrospectiva 146 pacientes portadores de deformidades abdominais e os submetemos a lipomidiabdominoplastia, marcando com forte concavidade superior e orientando os lados da cicatriz em direção à linha transversa inferior do abdômen, 4cm equidistantes da raiz da coxa. Também associamos a lipoaspiração como um tratamento complementar ao contorno corporal.
Resultados:
Consideramos que os parâmetros da midiabdominoplastia são aplicáveis na maioria dos casos, obtendo resultados igualmente satisfatórios, tanto nos pacientes com flacidez e lipodistrofia abdominal supraumbilical, quanto nos pacientes com abdome em avental com importante flacidez e diástase dos retos abdominais.
Conclusão:
É importante determinar a área da deformidade abdominal e sua classificação, para estabelecer as estratégias do tratamento e associação de procedimentos complementares. Uma marcação mais baixa, respeitando as áreas de tratamento, permitirá uma melhor cicatriz estética e um contorno corporal harmônico, além de uma adequada colocação dos elementos: cicatriz umbilical, púbis e extremidades laterais da cicatriz abdominal transversa.
Descritores:
Abdominoplastia; Contorno corporal; Lipectomia; Gordura abdominal; Superfície corporal; Reto do abdome; Parede abdominal; Umbigo; Tecido adiposo