RESUMO
Introdução:
A maioria dos defeitos nasais que se apresentam para reconstrução são secundários à excisão tumoral. O Objetivo é analisar a eficácia da técnica reconstrutora utilizada para a cobertura do defeito após exérese tumoral de acordo com a subunidade anatômica nasal acometida.
Método:
Estudo retrospectivo dos prontuários de 118 pacientes que durante o período de agosto de 2012 a março de 2017 foram submetidos à ressecção dos tumores nasais no Instituto Mário Penna em Belo Horizonte/MG.
Resultados:
A incidência foi maior em mulheres (56%) e brancos (54,3%) com idade média de 71,3 anos. Foram ressecados 125 tumores e realizadas 122 reconstruções nasais. O carcinoma basocelular (90,4%) foi o tumor de pele não melanoma mais prevalente, sendo o subtipo histológico sólido (33,6%) o mais frequente. As técnicas para reconstrução dos defeitos que acometiam apenas uma subunidade nasal foram em sua maioria utilizando o retalho bilobado (26,5%). Nas reconstruções nasais complexas, o retalho miocutâneo bilobado (45,8%) com extensão para a região glabelar (englobando os músculos prócero, corrugador e nasal) foi o mais utilizado, principalmente em defeitos no terço inferior do nariz. Cerca de 78 pacientes apresentaram acompanhamento oncológico superior a um ano, sendo avaliados 82 tumores no total. Sete (8,5%) tumores recidivaram mesmo após ressecção completa e, entre os seis pacientes com margens comprometidas, apenas um (1,2%) recidivou.
Conclusão:
As técnicas reconstrutoras utilizadas foram eficazes para o tratamento do câncer de pele nasal e cobertura dos defeitos após ressecção, apresentando baixos índices de complicação e recidiva.
Descritores:
Nariz; Neoplasias nasais; Carcinoma basocelular; Cirurgia plástica; Retalhos cirúrgicos