RESUMO
Introdução:
A válvula nasal externa está localizada no rebordo das narinas e é composta por tecidos moles e cartilagem. Caso haja algum desequilíbrio entre estas estruturas, invariavelmente ocorrerá insuficiência desta válvula nasal externa, podendo ser parcial ou total, dependendo do grau das alterações. Avaliou-se a válvula nasal externa no pré e pós-operatório em rinoplastia verificando a eficiência da técnica utilizada.
Métodos:
Estudo retrospectivo de 34 pacientes operados em hospitais particulares. Foram avaliados o colabamento da asa nasal durante a inspiração profunda e o vetor das cartilagens laterais inferiores. Para estruturação da asa nasal, utilizou-se o enxerto de suporte da cruz lateral e/ou enxerto de contorno alar.
Resultados:
O vetor não adequado da cartilagem lateral inferior está relacionado com a insuficiência da válvula nasal externa (p = 0,006) e a estruturação da asa nasal, mediante o uso de enxertos, corrigiu esta afecção na maioria dos casos (p = 0,006). Houve diferença na frequência de utilização de enxertos na rinoplastia primária (66%) e secundária (80%).
Conclusão:
O vetor inadequado das cartilagens laterais inferiores geralmente resultou em uma asa nasal desestruturada, com insuficiência da válvula nasal externa. A estruturação da asa nasal com enxerto de suporte da cruz lateral e/ou enxerto de contorno alar se mostrou eficaz na correção da insuficiência da válvula nasal externa em 90% dos casos, além de conferir proporções e contornos mais belos ao nariz. A frequência de utilização dos enxertos na rinoplastia secundária (80%) foi maior do que na primária (66%) e nos mostrou a necessidade dos enxertos numa cirurgia mais complexa.
Descritores:
Nariz; Cartilagens nasais; Obstrução nasal; Rinoplastia