RESUMO
Introdução:
Após o diagnóstico e tratamento do câncer de mama, algumas mulheres passam por alterações físicas, sociais e emocionais que repercutem muitas vezes na qualidade de vida e na autoestima. O objetivo é avaliar a qualidade de vida e autoestima de pacientes mastectomizadas submetidas ou não à reconstrução mamária após um mês de cirurgia.
Métodos:
A casuística foi composta por 89 pacientes, com idade igual ou superior a 30 anos, submetidas ou não à reconstrução mamária, e oriundas dos ambulatórios de Cirurgia Plástica e Mastologia do Hospital São Paulo e do Hospital Pérola Byington. O grupo 1 (n = 30) composto pelas pacientes mastectomizadas sem reconstrução mamária; o grupo 2 (n = 29) mastectomizadas com reconstrução mamária; e o grupo 3 (n = 30) pacientes sem alterações nas mamas. Para a avaliação da qualidade de vida, foram aplicados os instrumentos validados para uso no Brasil EORTC QLQ-C30 e Escala de Autoestima de Rosenberg UNIFESP/EPM.
Resultados:
Não foram observadas repercussões na qualidade de vida e autoestima das pacientes submetidas à mastectomia com ou sem a reconstrução mamária após um mês de cirurgia.
Conclusão:
Mulheres mastectomizadas com ou sem reconstrução mamária após um mês da cirurgia não apresentaram repercussões na qualidade de vida e na autoestima, quando comparadas entre si, bem como comparadas às mulheres sem história de câncer. É necessário que este tipo de avaliação, por meio dos questionários EORTC QLQ-C30 e QLQ-BR23, seja realizado no momento do diagnóstico do câncer de mama até o momento da pós-reconstrução mamária, com a finalidade de identificar em que fase se instalam as repercussões na qualidade de vida e autoestima.
Descritores:
Neoplasias da mama; Autoimagem; Mamoplastia; Mastectomia; Qualidade de vida.