RESUMO
Introdução:
Desde a década de 1980, com Illouz, a lipoaspiração ganhou popularidade e representa hoje um dos procedimentos mais realizados no mundo. Algumas de suas complicações são graves e potencialmente letais. Não existe, contudo, uma uniformidade em sua prática ou no seu ensino. A avaliação das técnicas empregadas por cirurgiões plásticos pode ser o início de uma padronização.
Métodos:
Foi aplicado um questionário sobre lipoaspiração no 52º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica para cirurgiões plásticos de diferentes faixas etárias e regiões do Brasil, presentes no evento.
Resultados:
Foram contabilizados 243 questionários preenchidos (n = 243). O número médio de incisões foi de 9 (2 - 16). Duzentos e quarenta e um cirurgiões (99%) realizam incisões na linha mediana/ paramediana anteriormente e 236 (97%) incisam na linha mediana/paramediana na região posterior. Aproximadamente metade dos questionados utilizam a anestesia geral. Duzentos e nove cirurgiões (86%) posicionam o paciente em decúbito ventral durante o procedimento. A lipoaspiração superficial é realizada por 146 (60%) entrevistados, sendo que 22 (9%) fazem a aspiração apenas desta camada adiposa. Oitenta e cinco (35%) participantes relatam controlar a pressão do aparelho durante o procedimento.
Conclusão:
A lipoaspiração realizada no Brasil apresenta grande variação técnica. Essa constatação nos faz refletir sobre a necessidade de uma uniformização de sua prática e ensino a fim de aumentar o controle e a segurança do procedimento.
Descritores:
Lipectomia; Gordura subcutânea abdominal; Dorso; Posicionamento do paciente; Anestesia