RESUMO
Introdução:
O implante de próteses mamárias é uma das cirurgias mais frequentes e desafiadoras da cirurgia plástica, devido às complicações associadas.
Método:
Foi realizado um estudo retrospectivo de 546 pacientes operadas em oito anos (maio de 2004 a maio de 2012), sendo estudadas todas as pacientes submetidas à inclusão de próteses mamárias, isoladamente ou associadas à mastopexia ou mamoplastia redutora.
Resultados:
Foram utilizadas próteses texturizadas em 84,8% e poliuretano, em 15,2%, com plano de implantação subglandular em 91,7% e submuscular, em 8,24%. Foram estudados: contratura (3,3%), seroma (2,7%), ptose (2,7%) e infecção (0,6%). A maioria das contraturas surgiu cinco anos após a cirurgia e apenas nas próteses texturizadas, que tiveram tempo de seguimento maior (4,2 anos, nas próteses texturizadas versus 1,7 ano nas de poliuretano). Houve maior frequencia de ptose nas texturizadas e de infecção, nas de poliuretano. Somente apresentaram contraturas pacientes com próteses texturizadas no período observado. Comparando-se o plano de implantação, o seroma foi mais frequente nas submusculares. Considerando-se a complexidade do procedimento, houve aumento do índice de complicações: nas implantadas com poliuretano, aumentou o índice de infecção; nas texturizadas, de ptose e seroma, mas não houve diferenças quanto à contratura. Todos os casos de infecção ocorreram em mamoplastias redutoras com próteses de poliuretano e foram causados por germes comuns, sem casos de micobactérias.
Conclusões:
Contraturas e ptose foram exclusivas em próteses texturizadas, no tempo de seguimento mais curto. Infecção apenas ocorreu em próteses de poliuretano. As mastopexias e mamoplastias redutoras apresentaram um índice progressivamente mais alto de complicações.
Descritores:
Implante mamário; Poliuretanos; Contratura capsular de implantes; Seroma