RESUMO
Introdução:
As queimaduras são um grave problema de saúde pública. O conhecimento dos principais dados epidemiológicos dos pacientes acometidos é de suma importância para a prevenção e instituição do melhor tratamento clínico a esses indivíduos. Objetivou-se realizar um levantamento sobre o perfil epidemiológico das queimaduras, os principais mecanismos envolvidos, tratamentos e desfechos destes casos no Hospital de Clínicas da UFTM.
Métodos:
Trata-se de um estudo retrospectivo e transversal, das internações por queimadura no HC- UFTM, de janeiro de 2015 a dezembro de 2019. Foram avaliados: gênero, idade, profundidade das queimaduras, localização, etiologia, utilização de opioides, tempo de internação hospitalar, desfecho (alta hospitalar ou óbito) e extensão das áreas queimadas (SCQ%).
Resultados:
Este estudo foi composto por 138 pacientes, divididos em 3 grupos: grupo 1 (G1), 39 pacientes; o grupo 2 (G2), 89 participantes, dos quais 5 foram a óbito; e o grupo 3 (G3), 10 participantes, sendo que 4 vieram a óbito. Quanto ao mecanismo do trauma, o mais comum foi por escaldadura (17,39%), seguida pela queimadura térmica (13,76%), pelo álcool (8,69%) e queimaduras elétricas (5,79%).
Conclusão:
Houve uma maior prevalência de queimaduras de segundo grau em pacientes do gênero masculino. O mecanismo de trauma mais prevalente foi escaldadura e a SQC teve média de 23,9%. A face e o pescoço foram os segmentos mais acometidos e 61,59% dos pacientes necessitaram com uso de opioides na internação. Com relação ao desfecho, 91,30% dos pacientes receberam alta hospitalar e 6,52% vieram a óbito, com a maioria dos casos no G2.
Descritores:
Queimaduras; Epidemiologia; Cirurgia plástica; Sistemas públicos de saúde; Traumatismo múltiplo.