RESUMO
Introdução:
Mesmo com os avanços das cirurgias conservadoras, a mastectomia ainda é uma cirurgia bastante realizada. Todavia, muitas pacientes não conseguem submeter-se à reconstrução imediata, passando a integrar uma crescente fila à espera da cirurgia reparadora. Com o intuito de diminuir tal demanda, foram criados os programas de mutirão cirúrgicos. O objetivo deste trabalho é analisar os resultados referentes ao 2º Mutirão Nacional de Reconstrução Mamária (MNRC), realizado no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Walter Cantídio (SCPMR-HUWC).
Método:
Estudo de coorte prospectiva, no qual foram avaliadas as 16 pacientes submetidas à reconstrução mamária no 2º MNRM no SCPMR-HUWC. As pacientes foram acompanhadas pelo período de 6 meses e os dados obtidos foram tabelados e analisados.
Resultados:
16 pacientes, todas mulheres, foram submetidas à reconstrução mamária pós-mastectomia. A idade variou entre 39 e 72 anos, com média de 49 anos. Dentre as complicações precoces, foram observados seroma em região dorsal (13%), necrose parcial da pele da mastectomia (6%), deiscência parcial da ferida operatória (13%) necrose do retalho de grande dorsal (6%). Nenhuma das pacientes apresentou complicações tardias. O período de internação variou de 1 a 5 dias. Todas as pacientes que estavam na fila do SCPMR-HUWC de cirurgia foram operadas.
Conclusões:
Foi verificado alto grau de satisfação por parte das pacientes operadas e bons resultados obtidos, com poucas repercussões funcionais. Assim, concluímos que os mutirões de reconstrução mamária pós-mastectomia são uma alternativa viável em termos de saúde pública.
Descritores:
Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos; Mastectomia; Mamoplastia; Gastos em saúde.