RESUMO
Introdução:
Os pacientes submetidos à gastroplastia apresentam importante perda de peso e a cirurgia plástica representa um importante meio de tratamento do excesso de pele.
Método:
Estudo prospectivo foi realizado em pacientes submetidos à abdominoplastia pós-gastroplastia no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2016 em hospital público. As variáveis analisadas foram: IMC (Índice de Massa Corporal) antes da gastroplastia e antes da cirurgia plástica, perda de peso, peso do retalho retirado, comorbidades e complicações.
Resultados:
107 pacientes que realizaram abdominoplastia foram incluídos. Média de idade foi 41 anos. O IMC médio antes da cirurgia plástica foi 27,6 ± 3,7 Kg/m2. Perda de peso médio foi 47,7 ± 17,3 Kg. O IMC máximo antes da gastroplastia foi 45,5 ± 7,5 Kg/m2 e o IMC foi 18,6 ± 9,3 Kg/m2. Comorbidades presentes antes da plástica foram: hipertensão arterial (11,1%), artropatia (4,6%), diabete melito (5,6%) e síndrome metabólica (5,6%). Catorze (13,1%) pacientes realizaram herniorrafia durante a abdominoplastia. A taxa de complicações foi 31,5%. O peso antes da gastroplastia, IMC antes da gastroplastia, perda de peso médio, comorbidades, peso do retalho do abdome e IMC > 20Kg/m2 foram fatores associados significativamente a complicações pós-operatórias.
Conclusões:
A gastroplastia em Y de Roux foi uma terapêutica efetiva na resolução de comorbidades em obesos. Comorbidades, peso antes da gastroplastia, perda de peso médio, quantidade de tecido retirado do abdome e IMC > 20Kg/m2 levaram significativamente a mais complicações em pacientes pósbariátricos submetidos à abdominoplastia. A cirurgia plástica é importante no cuidado integral ao paciente obeso e otimizou os resultados alcançados com a cirurgia bariátrica.
Descritores:
Cirurgia bariátrica; Cuidados pós-operatórios; Abdominoplastia; Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos; Gastroplastia.