RESUMO
Introdução:
A palatoplastia com elevação de retalhos mucoperiostais bipediculados pela técnica de Von Langenbeck associada a veloplastia intravelar é técnica mais utilizadas na atualidade apresentando na literatura baixa taxa de fístula oronasal e de insuficiência velofaríngea. O objetivo é apresentar a experiência acumulada do autor e avaliar a incidência de fístula oronasal após 278 casos de palatoplastia primária, pela técnica de Von Langenbeck associada a veloplastia intravelar.
Métodos:
Estudo retrospectivo de 278 prontuários de pacientes submetidos à palatoplastia primária no Centro de Tratamento de Malformações Craniofaciais Mário Covas - Hospital Guilherme Álvaro - Santos/SP, entre de maio de 2010 a maio de 2018.
Resultados:
278 procedimentos de palatoplastia primária pela técnica relatada, 225 (80,9%) em duas etapas cirúrgicas e 53 (19,1%) em única etapa. Masculino 182 (65,5%) e feminino 96 (34,5%). Fissuras labiopalatais esquerda e bilaterais (26,3% e 27%, respetivamente). As fissuras palatais completas corresponderam a 37,4% e a fissura labiopalatal direita com 7,6%. 61 pacientes apresentaram fístula oronasal (21,94%) observando-se uma diminuição progressiva da incidência em cada período.
Conclusão:
A palatoplastia primária pela técnica de Von Langenbeck associada à veloplastia intravelar é uma técnica reprodutível em uma ou duas etapas cirúrgicas e pode ser considerada segura quando alcançada uma adequada curva de aprendizado apresentando um índice de complicações acorde com a literatura mundial.
Descritores:
Fissura palatina; Fístula bucal; Cirurgia plástica; Insuficiência velofaríngea; Palato mole; Palato duro; Músculos palatinos