Resumo:
No debate sobre a influência da religião sobre o voto, uma das dimensões analisadas é a comportamental, em especial o hábito de frequentar os cultos. Nesse debate, considera-se que os mais frequentes nos cultos estão mais expostos às mensagens políticas de suas lideranças religiosas. Seguindo essa perspectiva, testamos a hipótese de que a frequência a cultos se constituiu como um mecanismo por meio do qual a religião evangélica influenciou o voto em Bolsonaro, em 2018. Os resultados mostram que, aproximadamente, 16% do efeito de ser evangélico sobre o voto em Bolsonaro é explicado por esse mecanismo. Para alcançar tal resultado, utilizamos o modelo de mediação para dados observacionais qualitativos. O banco de dados utilizado é o do Latin America Public Opinion Project (LAPOP) 2019.
Palavras-chave: Religião; Frequência a cultos; Análise de mediação; Líder de opinião