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De volta aos holofotes: militares e política na crise brasileira contemporânea

Back to the spotlight: the military and politics in Brazil´s contemporary crisis

MARTINS, João Roberto. FILHO. (Org.). Os militares e a crise brasileira. São Paulo: Alameda, 2021.

O governo militarizado de Jair Messias Bolsonaro, marcado também pela imagética militar, fez ressurgir o interesse na participação política das Forças Armadas. Os militares e a crise brasileira, organizado por João Roberto Martins Filho (2021)MARTINS FILHO, João Roberto (org.). Os militares e a crise brasileira. São Paulo: Alameda, 2021., analisa a atuação política e social dos militares do início da Nova República a meados de 2020. O livro contribui para uma análise estruturada e bem-informada da conjuntura política brasileira. Além de revisões bibliográficas sobre temas diversos relativos às Forças Armadas Brasileiras (FA), oferece um mosaico acerca do passado e do presente das relações civis-militares no Brasil, assim como a proposição de ações e políticas públicas para a área.

A obra possui 269 páginas, que se dividem em 15 artigos escritos por pesquisadores de diferentes áreas, formações e interesses temáticos. Ademais, conta com uma apresentação do organizador e com uma entrevista do professor Hector Saint-Pierre. O resultado é um vislumbre do complexo universo dos estudos militares no país, com valor também para a análise da conjuntura. Optou-se, neste texto, por agrupar os capítulos de acordo com seus temas, e não pela ordem apresentada no livro.

Do ponto de vista ensaístico e conceitual, os capítulos elaborados por João Roberto Martins Filho e Manuel Domingos Neto são exemplares. Domingos Neto apresenta um dilema original dos militares brasileiros modernos, a saber: como manter a ordem social, a política interna e a proteção contra a dominação estrangeira utilizando e dependendo de recursos e tecnologia militar estrangeiros. O centro argumentativo é a apresentação de desafios (históricos) a serem enfrentados pelas Forças Armadas - a índole colonial e a demagogia2 2 Nesse ponto, o autor enfatiza a contradição entre a necessária participação de toda a sociedade nas discussões de temas sensíveis de Defesa, e, ao mesmo tempo, a recusa das Forças Armadas em ouvir, negociar e discutir com a sociedade franca e abertamente sobre os temas (DOMINGOS NETO, 2021). militares e a tensão no orçamento entre gasto com pessoal versus investimento em desenvolvimento tecnológico.

Martins Filho, por sua vez, empreende uma análise maquiavélica do governo Bolsonaro e da atuação dos militares. Ele problematiza as escolhas e as estratégias de Bolsonaro desde a posse, em 2019. Temas como virtù, fortuna, poder, maldade, virtude e prudência são acionados por ele em um exame conjuntural bem vasto. Mobilizando passagens constrangedoras, demissões e polêmicas, demonstra a distância entre os conselhos do florentino e a administração Bolsonaro e levanta outros dilemas a serem enfrentados pelos militares: como lidar com o “legado” do governo Bolsonaro? Como se desvencilhar de possíveis manchas e responsabilizações pelos (des)caminhos adotados? Os dois ensaios são bons exercícios de análise das consequências políticas e institucionais da participação das Forças Armadas na política. Eles contribuem para a percepção dos riscos e dos desafios específicos que a politização da caserna pode apresentar na conjuntura atual, ao passo que essa politização não se desvincula de uma trajetória histórica.

Um dos grandes temas, presente em alguns capítulos, é a ideologia da tutela militar. Francisco Carlos Teixeira da Silva e Marcelo Godoy apresentam textos sobre essa temática. Os militares retornaram ao governo com a vitória de Jair Bolsonaro, porém nunca saíram da política. Por distintos caminhos, os autores examinam a permanência dos militares em articulações políticas e contribuem para o entendimento do porquê de tantos militares aceitarem cargos de confiança na administração pública atualmente (LIS, 2020LIS, Laís. Governo Bolsonaro mais que dobra número de militares em cargos civis, diz TCU. G1, Brasília, julho, 2020. Disponível em Disponível em https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/07/17/governo-bolsonaro-tem-6157-militares-em-cargos-civis-diz-tcu.ghtml Acesso em: 19/07/2022
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).

Teixeira da Silva argumenta que a transição política no Brasil foi “falhada”. E mais: “buscamos na ‘Intencionalidade’ do ‘núcleo duro’ da Ditadura Militar e suas alianças de classe, sob a luz das modernas teorias dos fascismos, uma explicação plausível para a persistência do passado com projeto de futuro” (2021, p. 35)TEIXEIRA DA SILVA, Francisco Carlos. Militares, “abertura” política e o bolsonarismo: o passado como projeto. In: MARTINS FILHO, João Roberto (Org.). Os militares e a crise brasileira. São Paulo: Alameda, 2021. p. 31-52.. A aposta analítica do autor é na longa duração, concluindo-se que o bolsonarismo seria mais consequência do que causa do retorno dos militares ao cenário político.

Godoy, por outro lado, investiga a presença dos militares nas redes sociais, sobretudo no Twitter. O estudo da participação de militares, da ativa inclusive, em postagens políticas em redes sociais é importante por permitir analisar as bases de apoio e a propaganda do bolsonarismo na caserna (GODOY, 2021GODOY, Marcelo. Em dois anos, militares da ativa postaram 3,4 mil tuítes políticos. O Estado de São Paulo, São Paulo, maio, 2021. Disponível em: Disponível em: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,em-dois-anos-militares-da-ativa-postaram-3-4-mil-tuites-politicos,70003701887 . Acesso em: 19/07/2022
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). Contudo, Godoy vai além e explora como a comunidade de inteligência do Exército já (re)produzia, desde os anos 1980, leituras marcadas pelo avanço dos comunistas e do, assim chamado, “marxismo cultural”.

Dedicando-se a uma temática semelhante - que se configura como um dos pontos de maior consenso entre os autores do livro -, os capítulos escritos por Maud Chirio e Eduardo Costa Pinto focam a questão da reprodução de certos valores e ideologias no interior das Forças Armadas, tanto na ativa quanto na reserva. Chirio esquadrinha o Jornal Inconfidência entre 1998 e 2014, um dos muitos canais de veiculação de ideias, valores e análises da extrema-direita e que se constituiu emissor, retransmissor e câmara de eco do ultraconservadorismo anticomunista nas décadas de 2000 e 2010. Teses como as da revolução gramsciana, da sexualização infantil e da infiltração comunista nas artes, na mídia etc., hoje tão em voga nesses setores, já encontravam-se presentes no periódico.

Eduardo Costa Pinto questiona a visão de que os militares e os grupos olavistas3 3 Referência aos seguidores de Olavo de Carvalho, conhecido intelectual e ideólogo de extrema-direita, falecido em 2022. e bolsonaristas seriam distintos - estes, ideológicos, enquanto aqueles, técnicos e racionais. Dialogando com Chirio, Godoy e Teixeira da Silva, o trabalho demonstra os pontos de contato entre as ideias da extrema-direita nos EUA e os militares brasileiros, sem desconsiderar a tradição anticomunista no Exército e a própria doutrina militar desenvolvida no Brasil e na América Latina no século XX de construção de imaginário e combate ao chamado inimigo interno.

Nesse sentido, este núcleo de análises sobre as ideologias, tradições de pensamento e circulação de ideias nas Forças Armadas desde a redemocratização elabora uma importante contribuição. Isso porque deixa patente o processo inconcluso da abertura política, o equívoco da manutenção da autonomia militar em questões educacionais e doutrinárias - não se adequando aos tempos democráticos efetivamente - e a capacidade de organização e circulação de um ecossistema de extrema-direita dentro e ao redor das Forças Armadas Brasileiras.

Os capítulos escritos por Piero C. Leirner e por Marcelo Pimentel Jorge de Souza, coronel da reserva do Exército, baseiam-se no argumento de que há um projeto organizado de controle do Estado por parte de um grupo de militares no entorno de Jair Bolsonaro, que o controla e molda a União segundo seus valores e objetivos. Esse projeto efetivar-se-ia por meio de “bombas semióticas” que agem sobre seus sistemas de orientação e observação. “Trata-se de introduzir fraturas nestes elementos, de modo a produzir dissonâncias cognitivas e, a partir daí, comandar as decisões e ações alheias sem que se perceba” (LEIRNER, 2021LEIRNER, Piero. Da campanha à conquista do Estado: os militares no capítulo da guerra híbrida brasileira. In: MARTINS FILHO, João Roberto (Org.). Os militares e a crise brasileira. São Paulo: Alameda, 2021. p. 107-124., p. 116).

Para Souza, os militares que estão no governo Bolsonaro, sobretudo os do alto escalão do Exército, pensam, agem e comportam-se como um partido. “Tudo isso caracteriza a existência, ainda que ‘invisível a olho nu’, de um forte, consistente, coeso e cada vez mais poderoso sustentáculo, similar a um grupo político de natureza hegemônica: o partido militar” (SOUZA, 2021SOUZA, Marcelo Pimentel Jorge de. A palavra convence e o exemplo arrasta. In: MARTINS FILHO, João Roberto (Org.). Os militares e a crise brasileira. São Paulo: Alameda, 2021. p. 125-142., p. 128).

A tese é inventiva e oferece instrumentos pouco usuais de análise e interpretação da realidade política contemporânea, a exemplo de guerra híbrida e controle cognitivo. Do mesmo modo, apresenta pressupostos problemáticos e de comprovação complexa. De um lado, a disputa pelo controle do Estado é uma temática que autores marxistas já discutiram (DREIFUSS, 1981DREIFUSS, René Armand. 1964: a conquista do Estado. Ação política, poder e golpe de classe. Petrópolis: Vozes, 1981.). Leirner e Souza apontam para uma questão que foi negligenciada pela literatura anterior: o processo de disputa interna pelo controle do governo e a disputa entre as diferentes burocracias. Enquanto tais, as Forças Armadas participam do jogo político, podendo mobilizar, na mídia, os humores do mercado financeiro, de partidos políticos e movimentos sociais segundo seus interesses. Além disso, os autores contribuem de forma decisiva para o desmonte da tese do caráter eminentemente técnico e desinteressado das Forças Armadas comparadas a outras burocracias e organizações.

Pontos pouco explorados por Leirner, no entanto, são o desenvolvimento político-institucional e a relação desses militares com ele. O Estado possui uma dinâmica própria que, se não é imune a influências “externas” ou “internas”, também não deve ser ignorada. O modelo não explora os interesses de classe e os objetivos dos agentes ou subprocuradores (na guerra de procuração híbrida), assim como o conflito político e institucional parece ser tomado como superado via guerra neocortical promovida no aparelho cognitivo da população. Há um grau elevado de estima na capacidade militar de dominar o campo político, os múltiplos atores (Congresso, grande mídia, Judiciário, burocracias estatais) e os diferentes cenários. Sendo assim, o modelo proposto torna-se quase tautológico e autoexplicativo. Apesar desses pontos, o texto é valioso, dado o objetivo de entender o que querem os militares no governo e como podem tentar influenciar o debate público.

No texto de Manuel Domingos Neto e Luís Moreira, eles examinam a política bolsonarista voltada aos povos originários e o papel dos militares nesse processo. Destacam a contradição do Exército em arrogar-se o símbolo da união racial que plasma a brasilidade, mas que se converte em bandeirante e agride, violenta e vilipendia os nativos em nome do ideal colonizador e genocida. Entre avanços e limites das políticas indigenistas na Nova República, pontuam que não há comparação com o tom escrachado de favorecimento ao genocídio representado pela administração Bolsonaro, a qual contaria com a contribuição de militares para os projetos assimilacionistas e integracionistas.4 4 Em 2022, foi lançado um relatório intitulado Projeto de nação: o Brasil em 2035, no qual se afirma a necessidade de exploração mineral de terras indígenas visando à preservação da integridade territorial brasileira ante a ameaça dos interesses globalistas (China, Organizações Não Governamentais e outras, assim intituladas, ameaças) (SAGRES, 2022).

Eduardo Mei, dialogando com a temática, desenvolve um estudo sobre os processos de colonização e acumulação de capital e a constituição da sociedade brasileira assentada em diversas formas de violência e opressão. O resultado é um corpo social que naturaliza as violências e no qual as FA desempenham papel de “força colonial de ocupação” (2021, p. 150)MEI, Eduardo. Pandemia e necropolítica brasileira: as forças repressivas e a gênese contínua do capital. In: MARTINS FILHO, João Roberto (Org.). Os militares e a crise brasileira. São Paulo: Alameda, 2021. p. 143-158.. Conclui pontuando o caráter necropolítico da experiência brasileira: escravidão, genocídio indígena e condução da pandemia. Tais capítulos colaboram muito para expor o caráter colonial e colonizador presente nas propostas e nas ações militares.

Eduardo Heleno de Jesus Santos avalia as relações civis-militares brasileiras contemporâneas. Com fulcro na crise de representação e na modificação da imagem de Jair Bolsonaro para as Forças Armadas, Heleno explora as bases sociais do presidente nos anos 1990 e sua progressiva entrada nos círculos superiores da caserna. O autor foca o aumento de militares candidatos, representando risco à democracia. Em consonância, Luís Alexandre Fuccille parte do texto de Samuel Huntington - O soldado e o Estado - para elaborar uma revisão histórica, enfatizando desafios e avanços nessas relações nos últimos 30 anos. A leitura é uma boa oportunidade de reflexão acerca do exercício do poder civil sobre os temas militares e dos desafios a serem enfrentados para a constituição das FA efetivamente democráticas, apresentando sugestões de políticas direcionadas ao assunto. São textos voltados para questões da Ciência Política e das relações civis-militares e que oferecem análises bem interessantes.

No capítulo Hereditariedade e família militar, o sociólogo Ricardo Costa de Oliveira apresenta um rico relato familiar e autoetnográfico da endogenia e da reprodução familiar nas Forças Armadas, expondo também valores, normas e visões de mundo desses grupos. Em contrapartida, Ana Penido e Suzeley Mathias exploram o tema da educação de militares em uma democracia. Destaca-se o bom diálogo que estabelecem com a literatura recente e a especificação dos processos de ensino, adestramento e endoutrinação, que são distintos.

Dialogando com clássicos das relações civis-militares, as autoras criaram a categoria da orfandade profissional - hiato entre a formação militar e o emprego profissional - e explicaram os riscos que ela traria à democracia. A temática educacional é questão-chave para o estabelecimento de relações civis-militares democráticas. Sobretudo em um contexto onde se multiplicam as escolas militares (VILELA, 2021VILELA, Pedro Rafael. Governo prevê a implantação de 216 escolas cívico-militares até 2022. Agência Brasil, Brasília, novembro, 2021. Disponível em Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2021-11/governo-preve-implantacao-de-216-escolas-civico-militares-ate-2022 Acessado em 19/07/2022.
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), torna-se fundamental discutir, questionar e ampliar o debate sobre o que se ensina, como, por quem e com qual finalidade nas academias militares. A possível militarização da educação e da própria sociedade é risco grande e não pode ser negligenciada (LUIS, 2020LUIS, Ricardo. Militarização das escolas públicas no país: um debate necessário. Sindicato dos professores do Distrito Federal. Brasília, janeiro, 2020. Disponível em Disponível em https://www.sinprodf.org.br/militarizacao-das-escolas-publicas-no-brasil-um-debate-necessario / Acesso em 17/07/2021
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).

Adriana A. Marques, por fim, averigua teórica e empiricamente a participação de militares em missões de paz. Ela enfatiza a reprodução de um ethos salvacionista e intervencionista no Brasil, em que, diferentemente de outros países onde o controle civil está mais consolidado, a conexão entre missões de paz e a participação na política doméstica são menos imediatas. O uso doutrinário, político e organizacional das missões de paz são temas relevantes e ainda pouco explorados. Esse ethos salvacionista relaciona-se com a ideologia colonial e tutelar explorada por outros autores da obra.

Ante o exposto, a leitura do livro mostra-se fundamental para o entendimento dos aspectos contemporâneos do campo de pesquisa e da prática das relações civis-militares no Brasil. Os capítulos complementam-se, embora não necessariamente compartilhem dos mesmos pressupostos ou resultados. A riqueza temática e de perspectivas é ponto forte da obra, que oferece uma visão ampla acerca do assunto e grande oportunidade de reflexão aos públicos interessados e/ou não especializados no debate sobre militares e política no Brasil.

História, abertura e participação política, ideologia civil e militar, educação militar, ethos tutelar, colonial e/ou salvacionista, anticomunismo e ecossistemas de extrema-direita, missões de paz, questão indígena - a lista de temas explorados é vasta. Escrito no calor dos acontecimentos, porém fruto de anos de pesquisas reunidas, a obra já nasce um clássico das relações civis-militares brasileiras.

Referências

  • DOMINGOS NETO, Manuel. Fileiras desconhecidas. In: MARTINS FILHO, João Roberto (Org.). Os militares e a crise brasileira. São Paulo: Alameda, 2021. p. 17-30.
  • DREIFUSS, René Armand. 1964: a conquista do Estado. Ação política, poder e golpe de classe. Petrópolis: Vozes, 1981.
  • GODOY, Marcelo. Em dois anos, militares da ativa postaram 3,4 mil tuítes políticos. O Estado de São Paulo, São Paulo, maio, 2021. Disponível em: Disponível em: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,em-dois-anos-militares-da-ativa-postaram-3-4-mil-tuites-politicos,70003701887 Acesso em: 19/07/2022
    » https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,em-dois-anos-militares-da-ativa-postaram-3-4-mil-tuites-politicos,70003701887
  • LEIRNER, Piero. Da campanha à conquista do Estado: os militares no capítulo da guerra híbrida brasileira. In: MARTINS FILHO, João Roberto (Org.). Os militares e a crise brasileira. São Paulo: Alameda, 2021. p. 107-124.
  • LIS, Laís. Governo Bolsonaro mais que dobra número de militares em cargos civis, diz TCU. G1, Brasília, julho, 2020. Disponível em Disponível em https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/07/17/governo-bolsonaro-tem-6157-militares-em-cargos-civis-diz-tcu.ghtml Acesso em: 19/07/2022
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  • LUIS, Ricardo. Militarização das escolas públicas no país: um debate necessário. Sindicato dos professores do Distrito Federal. Brasília, janeiro, 2020. Disponível em Disponível em https://www.sinprodf.org.br/militarizacao-das-escolas-publicas-no-brasil-um-debate-necessario / Acesso em 17/07/2021
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  • MARTINS FILHO, João Roberto (org.). Os militares e a crise brasileira. São Paulo: Alameda, 2021.
  • MEI, Eduardo. Pandemia e necropolítica brasileira: as forças repressivas e a gênese contínua do capital. In: MARTINS FILHO, João Roberto (Org.). Os militares e a crise brasileira. São Paulo: Alameda, 2021. p. 143-158.
  • SAGRES, Instituto. Projeto de nação: prospectivos Brasil 2035 - Cenário Foco - Objetivos, Diretrizes e Óbices. Brasília, Instituto Sagres, 2022. Disponível em Disponível em https://sagres.org.br/artigos/ebooks/PROJETO%20DE%20NA%C3%87%C3%83O%20-%20Vers%C3%A3o%20Digital%2019Mai2022.pdf Acesso em 19/07/2022.
    » https://sagres.org.br/artigos/ebooks/PROJETO%20DE%20NA%C3%87%C3%83O%20-%20Vers%C3%A3o%20Digital%2019Mai2022.pdf
  • SOUZA, Marcelo Pimentel Jorge de. A palavra convence e o exemplo arrasta. In: MARTINS FILHO, João Roberto (Org.). Os militares e a crise brasileira. São Paulo: Alameda, 2021. p. 125-142.
  • TEIXEIRA DA SILVA, Francisco Carlos. Militares, “abertura” política e o bolsonarismo: o passado como projeto. In: MARTINS FILHO, João Roberto (Org.). Os militares e a crise brasileira. São Paulo: Alameda, 2021. p. 31-52.
  • VILELA, Pedro Rafael. Governo prevê a implantação de 216 escolas cívico-militares até 2022. Agência Brasil, Brasília, novembro, 2021. Disponível em Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2021-11/governo-preve-implantacao-de-216-escolas-civico-militares-ate-2022 Acessado em 19/07/2022.
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    Nesse ponto, o autor enfatiza a contradição entre a necessária participação de toda a sociedade nas discussões de temas sensíveis de Defesa, e, ao mesmo tempo, a recusa das Forças Armadas em ouvir, negociar e discutir com a sociedade franca e abertamente sobre os temas (DOMINGOS NETO, 2021DOMINGOS NETO, Manuel. Fileiras desconhecidas. In: MARTINS FILHO, João Roberto (Org.). Os militares e a crise brasileira. São Paulo: Alameda, 2021. p. 17-30.).
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    Referência aos seguidores de Olavo de Carvalho, conhecido intelectual e ideólogo de extrema-direita, falecido em 2022.
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    Em 2022, foi lançado um relatório intitulado Projeto de nação: o Brasil em 2035, no qual se afirma a necessidade de exploração mineral de terras indígenas visando à preservação da integridade territorial brasileira ante a ameaça dos interesses globalistas (China, Organizações Não Governamentais e outras, assim intituladas, ameaças) (SAGRES, 2022SAGRES, Instituto. Projeto de nação: prospectivos Brasil 2035 - Cenário Foco - Objetivos, Diretrizes e Óbices. Brasília, Instituto Sagres, 2022. Disponível em Disponível em https://sagres.org.br/artigos/ebooks/PROJETO%20DE%20NA%C3%87%C3%83O%20-%20Vers%C3%A3o%20Digital%2019Mai2022.pdf Acesso em 19/07/2022.
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    ).

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    15 Ago 2022
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

  • Recebido
    05 Abr 2022
  • Aceito
    15 Jun 2022
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