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Inoculação no sulco de plantio da soja como alternativa para o tratamento de semente com fungicidas e micronutrientes

A soja é a principal cultura de grãos do Brasil e pode se beneficiar fortemente da inoculação com estirpes selecionadas de Bradyrhizobium. Contudo, a incompatibilidade entre inoculantes e o tratamento de sementes com fungicidas e micronutrientes representa um fator limitante para alcançar taxas elevadas de fixação biológica do N. Desse modo, práticas de inoculação que possam minimizar os efeitos negativos desses produtos devem ser procuradas, e a inoculação no sulco aparece como uma alternativa atraente. Este estudo relata o resultado de sete experimentos de campo conduzidos no Brasil por três safras: três em solos previamente cultivados com soja (> 10(4) células g-1 de solo de Bradyrhizobium) e quatro em áreas cultivadas pela primeira vez (< 10² células células g-1 de solo de Bradyrhizobium). A compatibilidade com fungicidas e micronutrientes foi comparada com as sementes inoculadas com inoculantes turfosos ou líquidos, ou recebendo diferentes doses de inoculante líquido no sulco. Em áreas com populações estabelecidas de Bradyrhizobium, em geral, os agrotóxicos aplicados nas sementes não alteraram a nodulação, mas também não beneficiaram os rendimentos, enquanto a inoculação sempre incrementou o N acumulado nos grãos ou o rendimento, e o N-fertilizante diminuiu tanto a nodulação como o rendimento. Em áreas cultivadas pela primeira vez, o tratamento com o fungicida alterou a nodulação quando aplicado em conjunto com inoculante turfoso ou líquido nas sementes. A inoculação no sulco diminuiu o efeito deletério dos tratamentos das sementes, e os melhores desempenhos foram obtidos com altas concentrações de células de Bradyrhizobium, de até 2,5 milhões de células semente-1.

Glycine max [L. (Merrill.)]; Bradyrhizobium; inoculante


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