A modelagem da estrutura de dependência espacial pela abordagem da geoestatística é de fundamental importância para a definição de parâmetros que definem essa estrutura e que são utilizados na interpolação de valores em locais não amostrados, pela técnica de krigagem. Entretanto, a estimação de parâmetros pode ser muito alterada pela presença de observações atípicas nos dados amostrados. O desenvolvimento deste trabalho teve por objetivo utilizar técnicas de diagnóstico em modelos espaciais lineares gaussianos, empregados em geoestatística, para avaliar a sensibilidade dos estimadores de máxima verossimilhança e máxima verossimilhança restrita a pequenas perturbações nos dados. Foram realizados estudos de dados simulados e experimentais. O estudo com dados simulados mostrou que as técnicas de diagnóstico foram eficientes na identificação da perturbação nos dados. Pelos resultados obtidos com o estudo de dados reais, concluiu-se que a presença de valores atípicos entre os dados amostrados pode exercer forte influência nos mapas temáticos, alterando, assim, a estrutura de dependência espacial. A aplicação de técnicas de diagnóstico deve fazer parte de toda análise geoestatística, a fim de garantir que as informações contidas nos mapas temáticos tenham maior qualidade.
influência local; máxima verossimilhança; máxima verossimilhança restrita