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Aumento do rendimento de grãos e de massa verde de milho ocasionado pela calagem

Apesar de a toxicidade do alumínio para os vegetais ser eliminada próximo a pH 5,5, recomenda-se o uso de calcário em muitas regiões para elevar o pH até 6,0 ou mesmo a valores mais altos. Para solos altamente tamponados, altas doses de calcário são necessárias para elevar o pH de 5,5 para 6,0, o que implica custos adicionais, nem sempre necessários. Este estudo objetivou avaliar o efeito do pH do solo no rendimento de milho num Latossolo Bruno distrófico (Hapludox). O experimento foi desenvolvido em Lages, SC, de 1992 a 1996. O solo apresentava pH = 4,7, Al3+ = 33 mmol c kg-1, matéria orgânica = 45 g kg-1, e requereu 9 t ha-1 para elevar o pH até 6,0. Calcário dolomítico foi incorporado ao solo até 17 cm de profundidade, em 1992, nas doses de 0, 4,5, 9,0, 13,5 e 18,0 t ha-1 (PRNT 100%). A calagem aumentou linearmente os valores de pH (de 4,7 até 6,6) e de Ca e Mg, eliminou o Al3+ nas doses de 9,0 t ha-1 e maiores, diminuiu o Al-CuCl2, Fe e Cu e não influiu no Zn e no Mn. As produções médias máximas para grãos (7,9 t ha-1) e para massa verde (MV) para silagem (59 t ha-1) foram obtidas, respectivamente, em pH 6,0 (12 t ha-1 de calcário) e pH 6,1 (14 t ha-1 de calcário); a máxima eficiência econômica para grãos foi obtida em pH 5,6 (7,5 t ha-1 de calcário). Os incrementos máximos no rendimento de milho ocasionados pela calagem foram de 17%, para grãos, e 20%, para MV.

pH; calagem; milho; silagem; solos ácidos


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