O objetivo deste artigo é examinar as várias faces do diálogo travado entre Roger Bastide e os modernistas, destacando Mário de Andrade como interlocutor privilegiado. Seguindo um roteiro de coloração modernista, Bastide se aproxima do país - das artes, da literatura, do folclore -, revê as leituras de Mário de Andrade sobre o barroco e o Aleijadinho e, fundamentalmente, compartilha as formulações do líder modernista sobre a "autenticidade" da cultura brasileira. Procura-se argumentar que através da interlocução com o modernismo Bastide define o seu lugar como intérprete estrangeiro da sociedade e da cultura brasileiras.
Roger Bastide; Mário de Andrade; Ciências sociais e modernismo; Arte afro-brasileira; Arte e sociedade