O artigo analisa os discursos realizados pelo então Deputado Federal Jair Bolsonaro em torno da Lei Nº 12.528/ 2011, que estabeleceu a Comissão Nacional da Verdade (CNV). Entende-se que esses discursos, proferidos na Câmara dos Deputados e no Congresso Nacional, são essenciais para a compreensão de uma linguagem política negacionista sobre a ditadura civil-militar brasileira e dos conflitos suscitados pelo reconhecimento da memória. Debate-se como esses discursos reiteram a permanência do passado autoritário, mediante tentativas de manipulação do passado e de construção de versões alteradas dos fatos no presente. A pesquisa seguiu por evidenciar os argumentos de defesa da ditadura civil-militar e de associação da esquerda com a criminalidade, concluindo por refletir sobre suas sustentações a partir das visões da imprensa de 1964.
Palavras-Chave:
Negacionismo; Jair Bolsonaro; Ditadura Civil-Militar; Luta Armada; Comissão Nacional da Verdade