O artigo discute a autonomia atribuída a identidades coletivas a partir de duas questões teóricas presentes no trabalho de Maurice Halbwachs: a antecedência de quadros sociais da memória e a presença de lugares da memória coletiva. Embora esteja sendo bastante utilizado por aqueles que procuram um amparo teórico para a investigação do processo de construção de identidades coletivas, Halbwachs priorizou em seu trabalho a análise de quadros sociais da memória. Em que pesem a ênfase no social e a perspectiva cientificista de seu projeto, este, se considerado dentro de um quadro teórico mais amplo, é crucial para nossa compreensão de que investigações sobre o processo de memórias e identidades coletivas precisam considerar os limites inerentes à sua constituição.
Memória coletiva; Identidade; Subjetividade; Maurice Halbwachs